Publicado em 27/08/2023 às 13:50:00
A atriz Marisa Orth, que está em cartaz com o monólogo "Bárbara", no Teatro XP, no Rio de Janeiro, fez um longo desabafo sobre o tema da peça, que aborda a questão da compulsão. Ela revelou que sofreu muito com o assunto e que chegou a se dar um "Boa noite, Cinderela".
Orth, que completa 40 anos de carreira em 2023, conta que a peça é inspirada no livro "A Saideira", da jornalista Barbara Gancia, que narra sua luta contra o alcoolismo. "Eu sempre tive muita curiosidade sobre o tema da compulsão", disse. "Eu mesma tenho vários descontroles e impulsos, como comer, fumar e até dormir", revelou em entrevista ao O Globo.
“Quando passei pela menopausa, meu sono sumiu. Comecei a tomar meio comprimido diariamente, até que me ‘autodei’ um ‘boa noite, Cinderela’", prosseguiu antes de explicar. “Não aconteceu nada grave, mas fiquei em pânico. Pensei: ‘Agora, você vai ficar acordada até aprender a induzir o sono novamente’. Aguentei uma semana e meia de insônia e voltei ao normal.”
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A atriz conta que, quando criança, viu os adultos ao seu redor se envolverem com o álcool e o tabaco. "Isso me marcou muito", disse. "Eu percebi que essas substâncias podem ser muito perigosas." Orth diz que, apesar de não ser uma comédia, "Bárbara" tem momentos de humor. "Eu acho que o humor é uma forma de falar sobre temas sérios", disse. "Ele ajuda a quebrar o gelo e a fazer o público refletir."
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A atriz acredita que a peça pode ajudar a conscientizar o público sobre o problema da compulsão. "Eu espero que as pessoas saiam do teatro pensando sobre suas próprias vidas", disse. Ela também falou sobre sua própria experiência com a compulsão. Ela conta que, aos 23 anos, começou a fumar cigarro e que, apesar de ter feito várias tentativas, só conseguiu parar há cerca de dez anos.
"Eu também tenho um problema com sono", disse. "Quando passei pela menopausa, comecei a tomar um remédio hipnótico, mas logo percebi que estava me tornando dependente." Orth diz que, apesar de suas lutas, ela está sempre tentando superar suas compulsões. "Eu sei que não é fácil, mas é possível", disse. "É importante buscar ajuda profissional e não desistir."
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