Publicado em 26/07/2022 às 08:35:27
Franciely Freduzeski sempre fez parte do time que levava uma vida saudável. Mas, há quatro anos, viu sua vida virar do avesso com dores que a faziam perder as estruturas. O diagnóstico demorou, mas veio: fibromialgia. Isso fez com que ela se sentisse uma espécie de "peso morto" e se via como um fardo para as pessoas. "Pensei em suicídio muitas vezes", contou à revista Quem nesta terça-feira (26).
A atriz visitou diferentes especialistas, fez outros tantos exames e enfrentou cirurgias, mas a dor simplesmente não terminava. A doença tem como sintomas dores crônicas e sensibilidade nos músculos, articulações, tendões e outras partes do tempo. A depressão foi questão de tempo.
"Não aceitava como eu estava. Sempre fui extremamente saudável, ativa. Do nada, me vi doente. Corria na areia, era rata de academia, depois não conseguia passear com meus cachorros. Me sentia muito culpada, inútil, um peso na vida das pessoas", recordou.
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Ela afirma que quem tem fibromialgia tem depressão. "Não tem como estar feliz sentindo dor 24 horas. Sua vida vai mudando. Você se vê limitada. Você não faz nada do que você fazia antes: não trabalha, não namora, não se diverte. Às vezes, fico tão mal que fico sem andar por três dias. Não consigo dançar a noite inteira, ir até o chão."
"Não posso nem usar mais salto. Quando você fica reclusa, a cabeça vai pirando. Eu tenho acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Preciso cuidar 24 horas da minha saúde mental. As pessoas não entendem fibromialgia. Começam a julgar como preguiça, falta de vontade. Você vai vendo seus amigos ficarem tristes com você e não consegue explicar o que está acontecendo."
A situação fez com que ela se sentisse incapaz: "Me sinto péssima em não trabalhar. Frustrada. Comecei com 14 anos de idade, a atuação sempre fez parte da minha vida".
E lamentou: "Você cria um medo das coisas, fica assustada de ir para qualquer lugar. Se eu assino um contrato para uma novela, será que vou conseguir acordar, dormir, gravar as cenas? Me sinto muito mal de não estar produzindo".
Desde que descobriu a doença, Franciely passou a controlar melhor a doença. "Mesmo sendo algo ruim, ter uma mala cheia de remédios a vida inteira, não vou deixar de fazer as coisas. O não saber era muito ruim", lembrou.
"Existem remédios que controlam a dor, mas não resolvem. Os remédios incluem antidepressivos, opioides, morfina. Preciso usar medicamentos com morfina senão não ando."
Por fim, avisou: "Minha esperança é que eu controle melhor. Não sei se vou ver a cura da fibromialgia. Mas não vou deixar de viver a vida".
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