Trabalho duro

Thales Bretas fala sobre paternidade sem Paulo Gustavo: "Exausto e preenchido"

Médico viúvo desabafou sobre a morte do ator e a criação dos filhos

Thales Bretas falou sobre a criação dos filhos - Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 02/08/2021 às 13:33:00,
atualizado em 02/08/2021 às 13:38:03

Thales Bretas falou pela primeira vez sobre a criação dos filhos desde que Paulo Gustavo morreu, no dia 4 de maior. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o médico contou que sempre desejou ter filhos, mas que imaginava não ser possível devido ao preconceito.

"Sempre sonhei ser pai, constituir família. Quando me descobri gay, esse sonho foi ameaçado pelo preconceito da sociedade. E eu cheguei a acreditar que esse sonho poderia não ser possível para mim, só que aí eu conheci Paulo Gustavo e tudo mudou porque ele também tinha o desejo de ser pai", relembrou.

Bretas disse que a união com o humorista foi o que deu força para quebrar o preconceito: "Depois que a gente se uniu, percebeu que o que importa é o amor. E ter filhos era só multiplicar o amor que a gente já era. E a gente conseguiu trazer à vida os frutos do nosso amor, que são Gael e Romeu, dois meninos".

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Sobre a criação dos filhos, ele revelou que deseja criá-los mostrando que expressar sua sensibilidade como forma de demonstrar força. "Eu, desde criança, sou muito sensível, e era chamado de chorão. E eu cheguei a pensar que a minha sensibilidade era por eu ser gay, mas isso também é um preconceito que passam pra gente. No fim das contas, a sensibilidade não é nem masculina nem feminina. Aí que eu percebi que ser homem é também sentir, porque o ser humano sente", contou.

Thales Bretas diz que ser pai é cuidar, educar, acolher 

O médico finalizou dizendo que acredita não existir distinção entre pai gay ou hétero, já que as responsabilidades são as mesmas. Ele também contou que tem sido "exaustivo e preenchedor" cuidar dos filhos desde que o marido morreu.

"Pra mim, não existe pai gay. Existe ser pai. E ser pai é cuidar, educar, acolher, crescer junto. O que transforma é o amor. E eu há dois anos me esforço ao máximo para ser esse pai para os meus filhos. Eu fico exausto e preenchido. É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor. Eu acordo e levanto. Não tem outro jeito, a vida se impõe. Aí eu olho para os meus filhos, para a minha família, para os meus amigos, para as minhas lembranças e continuo. Por eles, por mim e pelo Paulo, para sempre", finalizou.



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