Publicado em 28/02/2021 às 08:57:53,
atualizado em 01/02/2023 às 01:21:59
Não é só a beleza física e o fetiche por homens fardados que impulsiona a fama do modelo Yuri Bonotto. Intérprete do Bombeiro do programa Eliana, do SBT, o gaúcho de 30 anos conta que quase sempre é bombardeado por pedidos curiosos de seguidores por imagens de seus pés. Em entrevista ao NaTelinha, além de comentar as peculiaridades do assédio do público, o rapaz revela um sonho: ser um grande ator, como Cauã Reymond e Rodrigo Santoro.
Casado há sete anos, Yuri chegou com sua esposa a São Paulo para ambos tentarem a vida artística. Trabalhando no programa de Eliana há três anos, ele estava matriculado em um curso de teatro, mas o sonho teve que dar uma pausa. “Por causa dessa pandemia, vários projetos tiveram que mudar de rumo. Estava fazendo curso de teatro até para poder ter esse conhecimento, de novela, de como atuar. Mas meu sonho, ainda, é poder trabalhar numa novela ou apresentar um programa”, conta.
Questionado se tem alguém que o inspire na carreira artística, é direto: “Cara, eu acho que um ator como o Cauã Reymond. Ele e o Rodrigo Santoro são os tops hoje do Brasil. Acho que requer muito estudo isso aí também”. Enquanto isso, vai tocando seu trabalho como modelo e influenciador digital: “Ultimamente também trabalho bastante com a internet, né”.
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E é na internet que ele recebe carinho, mas principalmente o assédio - masculino e feminino -. Por conta do distanciamento social e do uso de máscaras, é por lá que o contato com o público ficou mais próximo. O mais curioso acontece quando seus pés aparecem em alguma publicação.
“Muita gente pede negócio de pé, sabe? Eu posto alguma coisa de pé, assim, e vem no direct assim mais de 20 pessoas. 'Ai mostra esse pé', 'Que pé lindo', 'Pisa em mim com esse pé', 'Eu queria que você pisasse em mim com chulé', umas coisas muito loucas”, relata ele, que calça 43.
O modelo recebe cantadas diversas, umas mais assanhadas e outras mais sutis. Mas na sua visão, as investidas masculinas costumam ser mais fortes. “É mais agressivo. Digo assim, é que eles vão mais focados em uma coisa, tipo 'é o gostoso', 'nem guindaste', sabe? A mulher é algo mais sutil, como 'ai como você é lindo'. Mas tem alguns do público gay que já chegam direto (pedindo nude)”, relata.
“Mas tem pessoas e pessoas, né? Assim como tem gays que vem com mais carinho, tem gays que vem de uma forma mais abusada. Assim como as mulheres, têm as mais sutis”, acrescenta ele. que trabalhou como gogoboy no passado, dançando em boates, eventos e despedidas de solteiro, por exemplo.
Mas Yuri garante que isso não afeta em nada a relação com a esposa, que é atriz. “Ela entende que eu sou um personagem. Que aqui eu vou chegar em casa, vou ser o marido dela, assim como na vida ou em qualquer momento. É como você pegar a Adriana Esteves, que fez a Carminha”, analisa. “Acho que tudo isso cria uma maturidade para a pessoa entender que é um trabalho”, pontua.
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