Publicado em 22/11/2020 às 05:58:00
O grande público conheceu Barroso por causa da série Aruanas, mas seu talento vai além da atuação. No Dia da Consciência Negra, o também cantor lançou um álbum intitulado Vendo Sonhos com o objetivo de provocar o público com questionamento em relação ao combate a homofobia, racismo, machismo, entre outros temas polêmicos. Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, o artista defende a liberdade do ser humano, mas também traz reflexões políticas e sobre as florestas brasileiras, que estão sofrendo com as queimadas.
Essas reflexões ocorrem por meio da arte que Barroso tem feito, como a série Aruanas. “Aruanas é um grito no meio de uma floresta quase morta. É um alerta para despertar a sermos pessoas mais conscientes e responsáveis. O Brasil é um país fruto do estupro de sua nação Nativa, tanto no campo físico, quanto no campo do simbólico. Aruanas é um portal possível de um futuro mais empático, sustentável e responsável. Assistam!”, diz o músico.
O primeiro turno já passou, mas muitos brasileiros ainda terão que escolher seus representantes no segundo turno. O cantor deixa claro que a arte tem papel fundamental para as pessoas pensarem na hora de escolher os seus candidatos e aproveita para fazer um pedido.
“A arte abre caminho para questionar e sentir. Se você não gosta de arte, você vota em gente que não gosta/respeita a existência das coisas, pois elas também odeiam a arte plural. Não vote nulo. Vote preto. Vote sempre pelas maiorias-minorias”, afirma.
Com o pedido das pessoas votarem em candidatos que defendem a minoria, Barroso lançou seu novo álbum na última sexta-feira (20), no Dia da Consciência Negra. “Esse dia simbólico é importante, poderoso e deve se manter mas é necessário lembrar que pessoas pretas amam e morrem todos os dias”, explica.
“Até agora já lançamos alguns singles, oito clipes e um minidocumentário. Esse ciclo de lançamentos do projeto Barroso Eus se iniciou no mesmo dia só que há um ano atrás, em 2019. Escolhemos reencontrar essa data para encerrar este ciclo de um ano, lembrando que o povo preto também ama, é inteligente, tem coragem, precisa de afeto e mais oportunidades. Existir hoje é abrir caminhos para que outros corpos plurais liderem o mundo”, acrescenta.
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Na apresentação do seu disco, Barroso diz muito sobre provocar as pessoas. Seu objetivo é que sua música crie uma inquietude no público, tocando em temas sensíveis, mas que também façam cada um pensar sobre o que há dentro de si. “O disco é divido em quatro atos: origem, amar, coragem e sabedoria”, relata.
“É um manifesto de vida à vida. Falamos sobre instâncias humanas: respeito, origens, etimologias, educação, família, sabedoria materna, afeto, paixão, sexo, trabalho, agir e reagir com coragem, fé, medos, etc. O disco é um mergulho sobre vulnerabilidades. É pra te fazer suar o corpo/alma e reagir”, completa.
Quando provocado, ele solta uma leve risada e confessa que adorou ser questionado o que é o amor e liberdade. “Amar pra mim é você se permitir acessar o que tem de mais belo e potente dentro de nós. E ser livre pra mim é não ter medo. Ser livre é a ligação direta com a nossa criança eterna. Chavosidades pra nós, hermanes!”, responde com bom humor.
Contudo, engana-se que ele vai parar por aí. Além do lançamento de Vende Sonhos e a segunda temporada de Aruanas, Barroso estará envolvido em outros projetos tanto na TV quanto no cinema.
“Em 2021 teremos outros lançamentos musicais (muitos), o lançamento da segunda temporada de Aruanas (Rede Globo), da série Novo Mundo Zoo (Discovery Kids) e do longa Vale Night (Fox Filmes e Querosene Filmes) nos cinemas. Por hora eu posso dizer isso”, finaliza.
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