Leandra Leal sugere eliminar "Bolsonaro, racismo ou coronavírus" e pede desculpas

Em um tweet, Leandra Leal tentou criticar o presidente Jair Bolsonaro, o desmatamento, o coronavírus e o racismo, mas acabou recebendo críticas, inclusive de ativistas contrários a todos os temas que a atriz listou.

"Você só pode eliminar 1. Qual seria?", escreveu Leandra Leal no Twitter. Na mesma publicação, uma montagem com Bolsonaro, uma floresta devastada, o vírus da Covid-19 e o policial que assassinou o ex-segurança negro George Floyd, nos Estados Unidos.

Nos comentários, seguidores acharam ridícula a sugestão da atriz de escolher entre o "atual governo", o "desmatamento", a "Covid-19" ou o "racismo estrutural".

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"Que difícil", admitiu Deborah Secco. O professor Tarcízio Silva, pesquisador de mídias digitais e ativista negro, foi além e comparou Leandra a uma ex-colega antiesquerdista: "Caramba, achei que era da Luana Piovani esse tweet. Vocês vão me fazer odiar O Homem que Copiava".

A blogueira e produtora Andreza Delgado reclamou sobre o tom irônico usado por Leandra para lidar com temas que não podem ser motivo de piada.

"Que tipo de humor péssimo é esse? Imagina ter que ficar lidando com esse tipo de brincadeira sem graça com uma parada tão séria que é o racismo estrutural. A cada 23 minutos um jovem negro morre, isso não é brincadeira", tuitou.

Leandra Leal, após ser muito criticada, reconheceu o erro e apagou o tweet. Em seguida, pediu desculpas e explicou a mensagem por trás da publicação.

"O post anterior era uma crítica: o racismo estrutural foi um dos fatores que levou à eleição do atual governo, que por sua vez não conseguiu controlar a Covid e estimula o desmatamento. Todos são problemas seríssimos; não devem ser comparados e todos devem ser combatidos. Eu busco combater todos, inclusive em mim. A dor de quem sofre um desses problemas não é uma coisa que se possa medir. Foi um post extremamente equivocado e não deveria ter postado, por isso apaguei. Sinceramente, me desculpo e prometo tentar não errar outras vezes", escreveu.