Publicado em 03/07/2020 às 04:51:00
No último domingo, as sete cores do arco-íris – que habitualmente tomam as ruas em todo 28 de junho, Dia Mundial do Orgulho LGBTQ+ – tiveram que migrar para o meio virtual. Nem as medidas contra a pandemia do coronavírus puderam barrar um movimento de luta e afirmação, cuja necessidade é ressaltada por Pabllo Vittar, um dos principais nomes da cena queer brasileira, em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
Aos 25 anos, a drag queen chegou a um patamar de reconhecimento e prestígio que muitos artistas de música pop sonham alcançar. O videoclipe de Amor de Que, um de seus singles mais recentes, se aproxima de 100 milhões de visualizações no YouTube, mostrando que o sucesso da cantora é ascendente. Tantos êxitos, com mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais e diversos hits emplacados, ocultam, segundo ela, que o preconceito ainda faz parte da nossa realidade e está longe de ser superado.
“Há uma batalha importante para ampliar a visibilidade no Brasil e para combatermos as injustiças, a homofobia e alcançar oportunidades iguais”, afirma Pabllo Vittar. A artista avalia que ainda há um longo caminho a percorrer no combate à discriminação e à intolerância contra a população LGBTQ+.
“Ainda temos muito mais a conquistar. Estaremos em situação adequada quando tivermos nossas manas sendo vistas como são, podendo andar nas ruas sem ser vítima de discriminação, entrar na escola para estudar sem ser agredida ou mesmo conseguir uma vaga de emprego sem ser marginalizada”, destaca.
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Com frequência, Pabllo Vittar opina nas redes sociais sobre temas de importância política e social – como, recentemente, nas pautas antirracista e antifascista. Para ela, não se trata de um dever, mas de uma liberdade a que os artistas também têm de se comprometer com as questões que julgarem pertinentes.
“Acredito que qualquer pessoa tem a liberdade de se expressar sobre questões que envolvam o meio em que vivemos, ainda mais entre os artistas e influenciadores de opinião. Precisamos usar as nossas plataformas para mudar o mundo de alguma forma, cada um com a pauta que se sente à vontade e que se identifica de alguma maneira”, defende a cantora.
Quando Pabllo Vittar estourou, em 2017, e ganhou projeção nacional com canções como K.O. e Corpo Sensual, eram poucas as drag queens com talento reconhecido em larga escala no Brasil. Sua ascensão permitiu que vários outros artistas LGBTQ+ pudessem ocupar seus lugares na música.
“Isso é resultado de muita luta e trabalho de inúmeros artistas. Pouco a pouco, ganhamos visibilidade e espero que a arte drag continue sempre assim. Foram muitas portas ‘derrubadas’ antes de mim e vamos continuar derrubando cada vez mais. A comunidade, de forma geral, nesses anos todos, conquistou muitas coisas através de diferentes gerações na 'linha de frente'”, avalia Pabllo.
Ela nega que esteja na dianteira deste processo, mas reconhece a importância da representatividade que exerce para outros artistas. “Não acho que seja uma contribuição minha, eu apenas faço parte disso tudo. Não sou melhor ou pior que ninguém. Mas me sinto honrada em conseguir levar minha música e arte para tantos lugares sendo o que sou. Acho que isso auxilia de alguma forma quando podemos nos ver representados em nossos lugares de fala”, assinala.
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