Publicado em 17/03/2020 às 10:50:00
Olivier Anquier, chef de cozinha e jurado do Bake Off Brasil, do SBT, usou seu perfil do Facebook na última segunda-feira (16) para criticar as medidas de segurança que estão sendo adotadas para diminuir o avanço do novo coronavírus no país. Na visão dele, está acontecendo uma espécie de “paranoia”.
“Eu me recuso a aceitar essa paranoia injetada a força. Eu me recuso a ser hipócrita. Eu me recuso a ser covarde. Me recuso a ser mais um boi do rebanho. Eu me recusa a me esconder em casa e abandonar os meus clientes que saíram e foram às minhas padarias ou restaurantes. Faço questão de ser presente e cumprimentar cada um deles como eu fiz. Porque para muitos a realidade da vida é muito mais cruel e violenta que o corona”, afirmou.
“Eu me recusa a ler, ver e ouvir os argumentos daqueles que nunca se revoltaram ou fizeram qualquer coisa sólida para acabar com problemas infinitamente maiores, profundamente instalados no nosso país”, continuou o chef de cozinha.
“No Brasil, nem chegamos a 200 casos de infectados e temos zero falecimento em um população que beira os 200 milhões. Essa realidade é pífia comparada a realidade das misérias do nosso pais. Não embarco nessa e a notoriedade que a população me ofereceu não me obriga a mugir no meio do rebanho”, finalizou.
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Fãs e seguidores de Olivier não gostaram da postura e fizeram críticas. “Belíssima lição de empreendedorismo. Eu diria EQUINA. Não posso ver a hora de o real ser valorizado novamente, pra eu comprar a três dólares uma baguete sua cheia de Corona Vírus. Estamos ansiosos pra adoecer te dando a mão. Se eu for aí você me abraça também? Ninguém solta o croissant de ninguém”, ironizou uma internauta.
“E eu, a partir de hoje, me recuso a comprar os seus produtos e assistir os seus programas. É egoísmo demais concentrado numa pessoa só”, declarou outra usuária. “Muita irresponsabilidade da sua parte”, declarou outro perfil.
Confira o texto escrito por Olivier Anquier na íntegra:
“Eu me recuso!
Eu me recuso a aceitar essa paranóia injetada a força .
Eu me recuso a ser hipócrita.
Eu me recuso a ser covarde.
Me recuso a ser mais um boi do rebanho.
Eu me recusa a me esconder em casa e abandonar os meus clientes que sairam de casa e foram nas minhas padarias ou restaurantes. Faço questão de ser presente e cumprimentar cada um deles como eu fiz ontem de manhã antes de viajar para São Sebastião para que no final da tarde eu pudesse apresentar o meu show a essa plateia composta de gentes simples de todas as idades que vieram em peso feliz e pensa como eu e ate porque para muitos a realidade da vida é muito mais cruel e violenta que o corona.
Eu me recusa a ler, ver e ouvir os argumentos daqueles que nunca se revoltaram ou fizeram qualquer coisa solida para acabar com problemas infinitamente maiores, profundamente instalados no nosso pais: epidemia de dengue ou outras transmetidas por mosquitos que mata todos anos milhares de gentes jovens e idosos; assassinatos causado pela criminalidade que mata milhares de cidadão todos os anos; acidentes rodoviários causados pelo deplorável estado das nossas estradas que matam milhares de famílias todos os fim de semanas; epidemias diversas e mortalidade infantil considerável nos bairros abandonado com esgotos a cel aberto que mata a nossa população confinada nessa realidade por interessos, há décadas, das nossas administrações monstruosas; desmoronamentos sistemáticos e repetitivos, todos os anos, na época das chuvas que matam centenas e centenas de pessoas em todo o nosso pais; barragens que se abram e matam comunidades inteiras em uma tacada sem que ninguém se revolta de verdade para que todas essas coisas acabam. A todos que se autorizam a me fazer a moral, cadê a sua revolta concreta e efetiva para acabar com essas realidades que nunca mundam?
No Brasil, ate ontem, nem chegamos a 200 casos de infetados e temos 0 falecimento em um população que beira os 200 milhões. Essa realidade é pífio comparada a realidade das misérias do nosso pais.Não embarco nessa e a notoriedade que a população me ofereceu não me obriga a mugir no meio do rebanho”.
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