Publicado em 25/11/2019 às 15:32:44
Xuxa Meneghel já tinha falado à respeito de abusos que sofreu na infância, durante entrevista para o Fantástico que atingiu enorme repercussão em 2012, quando fazia parte da campanha Disque 100, canal onde pessoas que passam por algo semelhante podem fazer a sua denúncia.
Nesta segunda-feira (25), ela resolveu falar com detalhes, em sua coluna na Vogue Brasil, sobre momentos tensos que passou em sua vida. Com um texto forte, ela já começou revelando que o primeiro abuso que sofreu aconteceu quando ela tinha apenas 4 anos de idade, e foi cometido por um parente.
"Por que eu fui a escolhida? Não sei, mas me lembro de um cheiro de álcool de alguém, uma barba que machucou o meu rosto e algo que foi colocado na minha boca. Acordei dizendo que alguém tinha feito xixi na minha boca e meus irmãos disseram que eu tinha sonhado. Essa foi minha primeira experiência com abuso sexual, que, diga-se de passagem, eu não me lembro direito, mas existiram outros casos...", contou.
A apresentadora da Record contou ainda que dos 4 aos 13 anos foi abusada por pessoas de confiança em sua família, como o ex-marido de sua avó e o melhor amigo do seu pai. "Me lembro que andávamos de Kombi... Nós crianças íamos atrás. Eu tinha 5 ou 6 anos e os mais velhos eram pré-adolescentes, primos de segundo grau e amigos muito próximos da família. Sentia tocarem em mim, colocavam o dedo, doía, não sabia distinguir o que sentia, por isso não chorava e nem reclamava com ninguém sobre o acontecido. Essa mesma pessoa vinha ao Rio quando eu já tinha entre 9 e 10 anos, e, quando a família dormia, colocava seus dedos por debaixo dos lençóis e me tocava. Nesse tempo, esse parente distante já era um adolescente e sempre que podia me tocava. Por que eu não gritava, não chorava? Não sei!", escreveu.
Em outro momento do texto, ela também lembra momentos difíceis que passou na escola, aos 11 anos, onde um professor de matemática do local também cometeu abuso. Nessa época, ela chegou a contar para a irmã e para a mãe e foi transferida de colégio.
"Ele mandou que eu fosse ao quadro para escrever alguma coisa antes que os outros alunos da sala entrassem. Era hora do recreio, ele disse que isso iria me ajudar nas notas finais. Eu escrevi o que ele queria no quadro e vi que ele se tocava embaixo da mesa, usava uma calça quadriculada e se mexia muito, não entendia muito bem o que ele tava fazendo... Foi aí que o ouvi gemer e depois se limpar. Eu perguntei o que tinha acontecido, se aquilo era colocar nas coxas. Ele riu e disse que não, mas que faria isso em mim, que não iria me machucar e que se eu falasse pra alguém sobre o que eu tinha visto ou o que ele havia falado: 'ninguém iria acreditar, pois entre a palavra de um aluno e de um professor, o professor sempre ganha'”, detalhou.
A apresentadora ainda comentou na coluna sobre a entrevista que deu ao Fantástico em 2012.
Na época, o assunto ganhou muita repercussão, e o objetivo era esse, para servir de alerta para outras pessoas que estivessem passando por isso.
"Nós geralmente não queremos falar, porque é feio, porque não é certo, porque aprendemos que sempre tem que ter um culpado numa situação como essa. E é claro que nos sentimos culpados - eu me sentia culpada apenas por existir", bradou.
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