Eleições

Regina Duarte diz que Bolsonaro faz "brincadeiras homofóbicas da boca pra fora"

"É um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai", disse

Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 26/10/2018 às 15:30:20

Regina Duarte é uma das atrizes que mais está envolvida com a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República.

Em uma entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a atriz contou que "estava no armário" sobre as eleições desde ano, quando foi pressionada por seu filho mais novo dizendo que ele era "bruto, tosco, ignorante, violento".

"Quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha. Eu tinha algumas opções de voto, como o (Geraldo) Alckmin e o (João) Amoêdo, mas, nesse momento, me caíram fichas inacreditáveis, como as omissões do PSDB. Foi tudo ficando muito feio. Quantos equívocos, quantos enganos! Foi quando notei o tamanho da adesão desse país ao Bolsonaro e pensei: eu sou esse país, eu sou a namoradinha desse país", bradou.

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Regina refutou a imagem de que Bolsonaro é um homem homofóbico, racista e que apoia a ditadura militar. "São imagens montadas, pois mostram a reação dele, mas não a de quem provocou a reação. É unilateral. Quando souberam que ele ia se candidatar, começaram a editar todas as gravações e também a provocá-lo para que reagisse a seu estilo, que é brincalhão, machão. Daí fica a imagem de um homem tosco, bruto. Acredito que 80% dessas reações eram brincadeiras dele: você manda uma porrada e ele devolve outra", defendeu.

Recentemente, a atriz foi até à casa do candidato demostrar o seu apoio, e conta: "O homem com quem conversei durante 65 minutos quer chegar lá democraticamente, seguindo todas as regras das nossas instituições. Ele não estudou filosofia, mas o importante é seu preparo para nos proteger da roubalheira descarada. Bolsonaro é fruto do país, é resultado dos erros monstruosos do PT e da falta de mea-culpa".

Por fim na entrevista ao Estadão, a artista disse que espera que Jair Bolsonaro possa resolver a impunidade neste país e garantiu: "Não quero angariar votos para o Bolsonaro, até porque ele não precisa. Mas porque quero ficar com a consciência em paz, ao gritar em nome dos sem voz, dos milhões de brasileiros humilhados por não poderem dar um berro de dor e indignação. É como assinar um cheque em branco. Mas prefiro um cheque em branco da esperança".

O Brasil vai às urnas domingo (28) para eleger Bolsonaro ou Fernando Haddad (PT) como novo presidente do Brasil.

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