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Axé, paisagens paradisíacas e romance acelerado: a estreia de "Segundo Sol"

Coluna analisa "Segundo Sol", a nova novela das nove da Globo

Emílio Dantas e Giovanna Antonelli em "Segundo Sol" - Fotos: Divulgação/TV Globo
Por Thiago Forato

Publicado em 14/05/2018 às 22:50:46

"A cor dessa cidade sou eu... O canto dessa cidade é meu". Foi com esse hit de 1992 na voz de Daniela Mercury que "Segundo Sol" estreou na noite desta segunda-feira (14) na Globo.

As primeiras imagens aéreas do Carnaval de Salvador no longínquo ano de 1999 já ditaram o ritmo e as músicas que vão embalar a trilha sonora da trama.

Os principais personagens apresentados na estreia mostraram que a Globo foi certeira na escolha dos papéis de Beto Falcão (Emílio Dantas), Karola (Deborah Secco), Laureta (Adriana Esteves) e Vladimir Brichta (Remildo Falcão).

A Luzia, interpretada por Giovanna Antonelli, até convence, mas o que não convenceu mesmo foi o romance forçado entre ela e Beto. Parece ser uma obrigação das novelas, recentemente, apresentar e formar o casal principal de qualquer maneira, sem sutileza ou acontecimentos mais bem amarrados. As coisas simplesmente acontecem e ponto.

A cena entre eles na praia jogando água um no outro, aliás, lembrou e muito outra novela de João Emanuel Carneiro: "Da Cor do Pecado" (2004), onde Preta (Taís Araújo) e Paco (Reynaldo Gianecchini) encataram o público nos lençóis maranhenses.

Imagens

A fotografia, como não poderia deixar de ser, valoriza a Bahia e seu interior, com tomadas paradisíacas do estado. Quesito esse também que foi valorizado nos primeiros capítulos da antecessora.

Um fato curioso é que Remy, que enganava seu irmão com sua namorada, Karola, enquanto conversavam na cama depois de uma transa, ele disse que pagaria a ela R$ 150, que era o que ela cobrava antes, se é que me entendem. A curiosidade fica por conta do salário mínimo de 1999: R$ 130. Mais que um salário mínimo num programa. Que poder...

Agilidade

De fato, o capítulo de estreia foi ágil. A sinopse da trama já ocorreu, como o sucesso e decadência de Beto e sua morte.

O texto passa longe do didatismo e do teatral como sua antecessora.

João Emanuel Carneiro tem experiência e rodagem suficiente para levar à frente uma trama do porte de "Segundo Sol". Resta saber se ele conseguirá manter a audiência em alta.

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