A equipe do programa precisa de imediato remontar seu projeto. O diretor Rodrigo Carelli deve tomar as rédeas do programa e adequar a um roteiro que crie uma trama para o público voltar a se interessar pelo show.
Publicado em 17/10/2022 às 14:17:00,
atualizado em 17/10/2022 às 14:17:08
A Record está sendo irresponsável, tratando ameaças de morte e distúrbios psicológicos em A Fazenda 2022 como parte do entretenimento na busca pela audiência. Ter cancelado a festa da última sexta-feira (14) para evitar uma tragédia anunciada por um dos seus participantes, foi normalizada com uma leve puxada de orelha de Adriane Galisteu. Ameaça de morte é grave, é um crime e não pode ser pueril. Sem atitude que possa elevar o nível do programa e nenhuma punição para quem promove um enredo policial dentro da casa, a décima-quarta temporada de A Fazenda expõe uma direção frouxa e perdida.
Barraco ou baixaria é o nome que se dá para as brigas dentro dos realities BBB e A Fazenda. Não é nada ofensivo, apenas uma maneira popular de nomear as brigas dentro deste formato que chegou no Brasil em 2001, no SBT, através da Casa dos Artistas (2001 – 2004).
Mas tem um detalhe que precisa ser entendido e parece que a Record e a direção da Fazenda ainda não entenderam e que a Globo e Boninho, diretor do BBB, há tempos já sabem: o público de casa, fãs de realities de confinamento, não gostam quando os barracos são gratuitos. Precisa de uma trama. Não por acaso, esta edição sofre com queda de audiência e engajamento nas redes sociais. Existe uma fuga de público.
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Até os barracos precisam de roteiros. Não apenas isso, mas também de personagens com razão de ser. Infelizmente, para a Record a atual Fazenda tem barracos que carecem de roteiros e de bons personagens. Como diziam antigamente, a bagunça precisa ser organizada.
A equipe do programa precisa de imediato remontar seu projeto. O diretor Rodrigo Carelli deve tomar as rédeas do programa e adequar a um roteiro que crie uma trama para o público voltar a se interessar pelo show.
Sandro Nascimentocontinua depois da publicidade
A temporada de agora ultrapassou o limite da baixaria pelo entretenimento. Aposta numa espécie televisiva do filme Jogos Vorazes e desagrada os patrocinadores, queixas que já circulam no mercado publicitário.
Não adianta pagar mais barato para anunciar na Fazenda e não ter o público qualificado que se deseja. Atrelar a imagem de uma marca ao conteúdo de baixo nível que a Record insiste em exibir é jogar dinheiro fora. O programa tem que ser agressivo, mas tem o limite do respeito ao público. Quem anuncia na Fazenda é co-responsável por esse show de baixaria sem roteiro e de degradação humana na TV.
Vamos lembrar o humorístico A Família Trapo (1967 -1971), da Record, que era escrito por Carlos Alberto de Nóbrega e Jô Soares (1938 -1922). Tinha muito improviso e bagunça dentro do programa, mas tudo respaldado por um roteiro bem feito e tudo bem organizado. Os improvisos de Ronald Golias não fugiam da trama. Mesmo que ele ficasse mais de 5 minutos nos improvisos, logo ele voltava ao roteiro e tudo continuava para encanto da plateia.
Em A Fazenda 2022, falta regra, direção e acima de tudo, bom senso.
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