Publicado em 31/03/2014 às 14:37:37
Depois de duas semanas de suas volta das férias, podemos analisar mais friamente, não só os números, mas também o conteúdo do "Programa do Jô", da Globo, que tem penado para conseguir a liderança no Ibope - que vai para o "The Noite", de Danilo Gentili, no SBT.
O fato é: finalmente Jô Soares tem um grande concorrente, competente e que sabe fazer talk-show (mais show que talk, diga-se) tão bem quanto ele. Jô foi o precursor dos programas de entrevistas no fim de noite, o primeiro a acreditar e fazer sucesso com o formato, que comanda desde 1988.
Porém, de uns anos para cá, acho que desde 2007, 2008, o Jô já está ligado no piloto automático. Não apresenta novidades em seu monólogo (que continua bom, mas aquém do que já foi), e principalmente, em suas entrevistas. Me parece que o apresentador está, cada vez mais, se limitando a ler as perguntas de sua produção. A entrevistas dele perderam dinâmica, gás, e eu não vejo mais alguém que "não dorme sem ver o gordo". Na verdade, acho que a maioria das pessoas tem passado o seu programa tranquilamente.
Mas, diga-se, duas qualidades me chamaram a atenção nestas duas semanas de programa. A primeira, foi um furo mundial que a atração deu, ao entrevistar o político venezuelano Henrique Capriles. Hoje, todos os veículos de imprensa querem uma palavra com opositor do governo da Venezuela, e o Jô conseguiu uma entrevista com ele. Algo louvável e genial.
Além disso, o programa tem o sempre excelente "Meninas do Jô", onde o apresentador, junto com grandes jornalistas, debatem a política brasileira excelentemente bem. Esse, normalmente, costuma ser o melhor programa da semana, já que o nível do debate é altíssimo, com destaque para Cristina Lobo, que dispensa maiores comentários. O fato que, em termos de conteúdo, o "Programa do Jô" é uma atração altamente inteligente e rica, mas que tem entrevistas cansativas, em sua maioria.
E por que o "The Noite" vence? Simples: Danilo Gentili e sua equipe trazem novidades todas noites, além de entrevistas afiadas. Fora que Gentili tem uma pegada bem mais popular do que o Jô.
Se o "gordo" quiser virar o jogo, terá que rever conceitos e trazer novidades para o seu programa. Ficar ligado no piloto automático o tempo todo não dá mais.
Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. Além do “Antenado”, é responsável pelo “Documento NaTelinha”. Converse com ele. E-mail: gabriel@natelinha.com.br / Twitter: @bielvaquer
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