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Apresentadora diz que índios devem morrer de doenças ao defender agronegócio

"Vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É a natureza. Vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham. Aí justifica", disse


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Reprodução
O programa "Sucesso no Campo", exibido pela afiliada da Record TV Sucesso no interior de Goiás, causou revolta ao exibir um editorial lido na edição do último domingo (8).
 
Comandando por Fabélia Oliveira, o editorial atacou o samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense, escola de samba do Rio de Janeiro, para o Carnaval de 2017. Chamado de "Xingu, o clamor que vem da floresta!", o samba faz críticas ao agronegócio e à usina de Belo Monte, chamando-a de "belo monstro".
 
Para defender o agronegócio, a apresentadora disse que o homem do campo "é um herói", e atacou os sambistas que escreveram a letra, dizendo que eles deviam "sair do ar-condicionado e ir ver a realidade do homem do campo". 
 
Ela também afirma que o enredo erra ao chamar os índios de heróis, e que apóia a manutenção da cultura indígena, mas só dos chamados "originais", que segundo a jornalista, são aqueles que não utilizam tecnologia ou se apóiam na modernidade. 
 
Fabélia, então, diz que os índios não deveriam tomar remédios ao tentar se curar de doenças, dentre elas a malária, uma das mais comuns entre o povo indígena. 
 
"Deixar a mata reservada para comer de geladeira não é cultura indígena, não. Eu sinto muito. Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos. Ele não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Porque há um controle populacional natural. Ele vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É a natureza. Vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham. Aí justifica", afirmou.
 
O NaTelinha telefonou desde a manhã desta quarta-feira (11) para Fabélia, tentando ter sua versão dos fatos, mas ela não respondeu aos nossos contatos. Já a TV Sucesso, exibidora do programa, não comentou afirmando que "Sucesso no Campo" é uma produção independente.
 
Veja o vídeo e tire suas conclusões:

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