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Record vem pra última Olimpíada de ciclo tentando surpreender

"Jogos NaTelinha"


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Divulgação/TV Globo

O "Jogos NaTelinha" segue apresentando a cobertura que os canais brasileiros irão fazer das Olimpíadas do Rio na TV aberta e na TV por assinatura.

Neste episódio, falaremos sobre a transmissão da Record, que de todas as emissoras abertas, deve ser a que menos vai dar destaque, se comparada com Band e Globo.

Na semana passada, o time de elite que irá comandar os trabalhos se reuniu na sede do canal, na Barra Funda, em São Paulo, para uma foto oficial.

Em termos de apresentadores, estão Adriana Araújo, do "Jornal da Record", Carla Cecato, do "Fala Brasil", e Mylena Ciribelli, do "Esporte Fantástico", principal nome esportivo da Record. Entre os narradores, estão o titular Lucas Pereira e outros três nomes: Eduardo Vaz, Reinaldo Gottino e Marcos Leandro, este vindo diretamente da Record Minas, onde atua como jornalista há alguns anos.

Comentaristas e repórteres

O curioso é que, se tratando de comentaristas fixos, existem apenas quatro contratados, dando bem a cara de quais serão as prioridades da emissora: Luisa Parente (Ginástica), Fernando Scherer (Natação), Ricardo Garcia (Vôlei) e Ricardo Martins (Futebol). A grande maioria dos repórteres também já são da emissora, e cobrem outros assuntos.

Entre os destaques, estão Vinícius Dônola, Eduardo Ribeiro, Luiz Carlos Azenha, Cleisla Garcia, Bruno Piccinato, Jean Brandão, Raul Dias Filho, Ana Paula Gomes, Luiz Gustavo Luz e Thatiana Brasil. Só para o futebol, serão quatro repórteres: Roberto Thomé, Leandro Stoliar, Rodrigo Vianna e Catarina Hong.

O curioso é que outros nomes conhecidos do esporte da emissora, como Janice de Castro, uma das principais repórteres do "Esporte Fantástico", praticamente foram ignorados nesta lista.

Grade não muito flexível

Se Globo e Band devem dar prioridade total, a Record deve exibir os Jogos sem flexibilizar muito a grade, mais por causa de sua disputa com o SBT, que deve ser a principal alternativa na TV aberta.

Apenas as novelas da tarde ("Amor e Intrigas" e "Chamas da Vida) e a linha de shows - programas como "Xuxa Meneghel", "Gugu" e "Câmera Record" - deverão ser cortados. A prioridade devem ser competições que dão audiência, como Ginástica, Natação e Vôlei.

Entradas ao vivo devem ocorrer em programas e jornalísticos da casa, como o "Balanço Geral Manhã", Fala Brasil", "Hoje em Dia", "Cidade Alerta" e "Jornal da Record". Programas especiais não devem existir. Mesmo assim, a intenção é surpreender: fazer o lado bom dos Jogos, sem esquecer a parte ruim e os problemas que o Rio de Janeiro, notoriamente, vive.

Última Olimpíada

Até onde há informações, esta deve ser a última Olimpíada do ciclo de esportes da emissora, que começou com força em 2004, juntamente com o projeto "A Caminho da Liderança".

Nos próximos quatro anos, apenas um evento esportivo está garantido: os Jogos Pan Americanos de 2019, em Lima, no Peru - e não se sabe como vai ser daqui até lá.

Em 2012, a Record exibiu os Jogos Olímpicos de Londres com exclusividade na TV aberta, e apresentou um bom trabalho. Neste ano, o colunista Lucas Félix, do NaTelinha, já apontou as deficiências da cobertura de Rio 2016.

Em Tóquio 2020, o canal mesmo já deve estar fora, por causa da programação da Igreja Universal do Reino de Deus, que compra horários na faixa da madrugada, quando as competições serão exibidas no Brasil.

O clima para agora é de fazer um bom trabalho e surpreender, deixar a desconfiança de lado. Mas para quem acompanha de perto, sabe: será difícil chamar a atenção do telespectador.

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