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Há 18 anos, SBT e Disney fechavam primeiro grande acordo; relembre como foi

"Memórias da Telinha" relembra o primeiro 'casamento' que perdurou de 1997 a 2004


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Novo acordo entre Disney e SBT passa a valer a partir do dia 1º de setembro - Foto Montagem/NaTelinha
Conforme noticiado pelo NaTelinha nesta segunda-feira (20), o SBT retomou um relacionamento de forma mais estreita com o conglomerado Disney. Não que eles ainda não tivessem resquícios do antigo acordo, já que o canal ainda detém os direitos de "Eu, a Patroa e as Crianças", "As Visões da Raven" e "Cory na Casa Branca", por exemplo.
 
Mas, em janeiro de 1997, Silvio Santos anunciava uma parceria milionária com os estúdios Walt Disney que levou dois anos para ser fechado. Tratava-se de um acordo inédito na história do SBT, da televisão brasileira e da Disney.
 
As cifras ultrapassaram um negócio que envolveu US$ 15 milhões por três anos. Detalhe: a emissora já exibia alguns filmes da produtora desde a década de 80, tendo até uma sessão de filmes intitulada de "Cine Disney", mas nada perto do que estava por vir.
 
A partir de 1997, o SBT teve exclusividade no Brasil sobre as produções Disney, principalmente os desenhos. Os filmes não ficaram de fora, e com a exclusividade de um grande volume de blockbusters, a rede se viu obrigada a criar uma sessão de filmes no horário nobre. Nascia a "Tela de Sucessos".
 

Primeiro logotipo da "Tela de Sucessos" em 1997 (mudou apenas em 2008)
 
Na época, foi o maior acordo em volume de dinheiro fechado entre a Disney e uma emissora brasileira. O SBT passou a ter direito a blockbusters da época logo em 1997, como "Jamaica Abaixo de Zero", "Quando um Homem Ama Uma Mulher" e "Mudança de Hábito".
 
Posteriormente, o canal emplacou "Pocahontas", "Duro de Matar 3 - A Vingança", "Pulp Fiction", "A Rocha", "101 Dálmatas", dentre vários outros, caminhando para o slogan da "TV dos filmes milionários", quando sacramentou um acordo exclusivo com a Warner em 2000.
 

"101 Dálmatas" foi um dos filmes mais emblemáticos do acordo
 
Ainda no acordo firmado em 1997, a Disney ficou de produzir um programa infantil para o SBT e o fornecimento de cerca de 120 filmes, além de mais de 100 horas de desenhos animados para compor a programação infantil com seriados como "TV Quack", "A Turma do Pateta", dentre outros.
 
O programa prometido seria o nostálgico "Disney Club", que teve como diretor Cao Hamburguer, o mesmo de "Castelo Rá-Tim-Bum", que logo se tornou um sucesso nos fins de tarde do SBT, atingindo excelentes índices no Ibope e tendo uma enorme repercussão com a garotada.
 
Atração infantil foi um fenômeno no final da década de 1990
 
Em dezembro de 1999, o SBT prorrogou o acordo com a Disney por mais quatro anos, até 2004, onde a emissora chegou a ter um pacote de filmes superior até mesmo que o da Globo, com a chegada da Warner Bros, Paramount e MGM.
 
No entanto, em 2004, a Globo já tentava seduzir a Disney para tê-la de volta, depois de perder dois estúdios para a concorrente (MGM e Paramount) e ver sua programação de filmes enfraquecida.
 
De 2005 em diante, sobraram apenas alguns filmes que estavam para ser exibidos como "Pearl Harbor" e seriados infantis que a Globo não quis, como a reprisada "Eu, a Patroa e as Crianças" - estes que permaneceram com os direitos atrelados ao SBT até hoje.
 
O novo acordo passa a valer a partir do dia 1º de setembro, mas diferente de como foi no passado. A parceria será de arrendamento. A Disney está adquirindo duas horas por dia, montará blocos com desenhos, séries e filmes e entregará ao SBT, que exibirá o conteúdo.
 
Além disso, tudo o que a faixa faturar irá para os cofres da Disney. Para a rede de Silvio Santos, fica a qualidade e o prestígio ao exibir produtos da maior produtora infantil do mundo.
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