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Wagner Moura critica "Pânico": "Ser radical é diferente de humilhar"


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Divulgação

Na Alemanha representando o cinema brasileiro com o filme "Praia do Futuro", no Festival de Berlim, o ator Wagner Moura criticou mais uma vez o programa "Pânico na Band".

Em entrevista para o jornal "Extra", ele disse que o humor praticado pela atração dominical é humilhante: "É uma pena que muitos comediantes, e não só comediantes, mas muitos artistas jovens brasileiros sejam de direita. Sejam garotos fascistas. Eles fazem um trabalho que a gente ensina nossos filhos a não fazer. Apontam para os outros e dizem 'hahaha, você é preto, você é viado, você é aleijado'. Eu sou politicamente correto. O politicamente correto é uma ferramenta civilizatória que inventamos para que uma criança negra não veja um negro sendo humilhado na TV. Mas todo garotão que é artista gosta de dizer que o maneiro é ser politicamente incorreto. Isso não é engraçado, não é humor. Ser radical como artista é diferente de humilhar os outros".

Wagner também comentou os seus planos para o futuro, que incluem fazer um filme sobre um dos intérpretes do palhaço Bozo, que foi sucesso no SBT nos anos 80 e 90: "O roteiro é do Luis Bolognesi e vai ser focado num dos caras que fizeram o Bozo e que tem uma história extraordinária. Hoje ele é pastor. E o Bolognesi colocou dois conflitos: um de um sujeito que fica famoso com a cara de um palhaço, nunca é ele mesmo; e a história da relação desse sujeito com o filho, porque o ator do Bozo ficou uma época superdoido, usava drogas, e ainda assim animava todas as crianças, menos o próprio filho".

Wagner Moura está fora da televisão desde 2007, quando fez o vilão Olavo na novela "Paraíso Tropical", de Gilberto Braga e Ricardo Linhares.
 

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