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Novo reforço do SBT, Nadja Haddad diz: "Sou apaixonada pelo Silvio Santos"


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Fotos: Divulgação

Em alta após ser contratada pelo SBT, a jornalista e apresentadora Nadja Haddad provou nos últimos tempos que é o diz ser: uma pessoa de luz. Depois de não ter seu contrato renovado com a Band, a carioca de 33 anos começou a fazer algumas participações na emissora de Silvio Santos, inclusive no programa do patrão. Em pouco tempo, foi contratada.

Nadja Haddad não esconde: “Eu sempre cresci vendo a TVS e sempre fui apaixonada pelo Silvio Santos, sempre comentava isso nos corredores da Band”.

Em uma entrevista exclusiva de 20 minutos por telefone ao NaTelinha, Nadja Haddad demonstra toda a sua simpatia e gratidão pela Band: “Fiquei lá por quase 10 anos, é muito tempo, fui crescendo aos poucos. Devo tudo a eles!”.

A jornalista é querida pelo público por sobreviver após sofrer com a violência: em 2005, em uma cobertura policial no Rio de Janeiro, tomou um tiro e teve de ser internada às pressas. Mas conseguiu se recuperar e agradece todos os dias por isso. “Foi um tiro para a vida e não para a morte”, disse.

Confira a entrevista na íntegra:


NaTelinha – Nadja, eu queria que você começasse falando sobre esse seu novo momento no SBT, porque você mesmo disse que era um sonho realizado em trabalhar com o Silvio Santos.

Nadja Haddad –
Então, até dentro da Band, as pessoas sabiam da minha paixão pelo SBT, pelo meu fascínio pelo Silvio Santos, não apenas como comunicadora, mas como alguém que cresceu assistindo a TVS, então, eu sempre tive essa paixão, como ainda tenho. Meu sonho sempre foi ter um plano de carreira dentro da emissora, mas eu nunca batalhei por isso, justamente por estar feliz na Band, eu sou eternamente grata a Band, e eu me sentia muito em casa, né? Talvez, se tivesse acontecido minha renovação de contrato de lá, se eu não tivesse colocado minha energia focada nisso, porque na verdade, felizmente, o universo trabalhou em cima desse meu sonho. Eu tava buscando, é óbvio, minha colocação no mercado em vários outros lugares, mas eu não esperava que isso fosse acontecer, e era o que eu queria. E tem sido, sim, a realização de um sonho.

Eu não pretendia e, como não vai acontecer, chegar deslumbrante, metendo o pé na porta, com um programa, radiante. Não, é um lugar que eu quero crescer e progredir gradativamente. Eu sempre digo o seguinte: “São as doses homeopáticas que fazem a longevidade acontecer”. É isso que eu quero. Estou chegando aos poucos, entrando pela porta da frente com muita alegria, e principalmente, como Nadja pessoa física, e não como pessoa jurídica, aquela pessoa que as pessoas conheciam na Band. Isso que tá sendo bacana, porque agora a gente vai investir mesmo.
 


NaTelinha – Você começou na Band e ficou famosa do grande público lá. Conte um pouco de sua trajetória no canal. Você ficou de 2006 até o ano passado, não foi isso?

Nadja –
Pois é. Contanto com o tempo de Band Rio, que eu vim de lá, foram 10 anos de TV Bandeirantes. E eu sou extremamente grata e eu tenho muito orgulho de dizer que eu comecei pequenininha e fui crescendo com as oportunidades que me deram, e evidentemente, pela minha competência, por tudo aquilo que eu sempre busquei, e sempre vou buscar, mais e mais. Eu comecei na Band como produtora e pauteira do Canal 21. O canal passava alguns boletins de notícia e passava no canal UHF. Eu mesmo, nunca assisti, porque só passava em parabólicas, enfim. E com o tempo, a repórter que trabalhava com a gente saiu. Então, eu assumi a reportagem muito nova, eu tinha 23, 22 anos, por aí. Eu era muito inexperiente e, aos poucos, fui crescendo aos poucos, crescendo um pouco mais, alcançando um pouco mais, até chegar a apresentação do “Primeiro Jornal”, aqui em São Paulo, que foi quando as coisas começaram a acontecer de verdade e que minhas oportunidades ampliaram.


NaTelinha – Você ganhou o “Musas da Band”, concurso feito pelo “Pânico” que causou uma comoção nas redes sociais. E muita gente não conhecia você e passou a conhecer pelo concurso. Rolou algum ciúme da mulherada da emissora com isso? E mais, queria saber se essa ciumeira contribuiu na sua saída?

Nadja –
Acredito que não. Ciúme, eu tenho certeza que rolou, porque mulher em si é vaidosa, aquilo era uma brincadeira, eu não sou uma pessoa competitiva, eu acho que toda competição é complicada, mexe com a autoestima, mexe com uma série de questões, e eu não gosto de brigar por isso. Eu estava levando tudo numa brincadeira de verdade,  porque aquilo não me rendeu nenhum título, não foi uma coisa que mudaria minha vida, não é um título que vai me angariar algumas coisas futuramente. Pra mim, era uma brincadeira.

Ciúme, eu acho que rolou sim, mas não diretamente comigo, alguém que tenha vindo falar alguma coisa, mas felizmente, meu relacionamento com os colegas da Band sempre foi muito bom, então se teve, a pessoa tinha que falar diretamente comigo, porque eu não tenho nada a ver. Só devo agradecer, que eu não imaginava mesmo, de verdade, que tanta gente tinha tanto carinho e admiração por mim, porque muito mais do que um título de beleza, eu fiquei muito feliz pelas pessoas olharem pra mim e me verem como referencia de uma emissora que eu estava por 10 anos. Isso pra mim, valeu muito mais. E no concurso, as pessoas tiveram oportunidade de conhecer uma Nadja de verdade, que brinca, que fala de palhaçada, que tem um senso de humor diferente, e valeu para as pessoas me conhecerem mais. Eu gostei e curti por conta disso, de perceber o retorno das pessoas.


NaTelinha – Você foi uma das poucas jornalistas fora da Globo que fizeram a transição do jornalismo pro entretenimento. Como foi essa transição, foi tranquila?

Nadja –
Foi tranquila, porque foi uma coisa natural. Não foi uma coisa que eu buscava. Eu levo muito em conta aquilo que a gente lança pro universo o que é o melhor da gente e a gente recebe de volta. Eu não tinha essa ânsia, naquele instante, de ir pro entretenimento. Mas eu não estava feliz no jornalismo, eu não me reconhecia no jornalismo, por conta do formato que, nacionalmente, nos é imposto, uma coisa mais formal, quadrada. Eu não sou uma pessoa formal, e criaram um personagem em cima de mim. Isso me incomodava. Eu não conseguia ser tão natural no jornalismo, por isso talvez que o entretenimento acabou me conquistando e me pegando para eles, então, foi uma coisa natural.

Porém, difícil, porque muitas vezes me falaram: “Se solta mais, se diverte mais, você tá no entretenimento”. Mas aí eu fazia isso, e me diziam: “Mas você é jornalista, jornalista não pode brincar assim”. Então, eu sempre fiquei em cima do muro. Talvez hoje, eu consiga trabalhar muito mais e produzir com mais potencial, porque eu estou fora da emissora que me via como jornalista. Então, fica um pouco mais fácil. E também não tenho intenção de voltar para a bancada, acho que as pessoas não olham mais como jornalista de bancada, eu hoje me coloco com a jornalista do entretenimento, a que informa, a que transmite alegria, mas dentro do entretenimento.



 

NaTelinha – Agora no SBT, você apresentará uma espécie de “Vídeo Show” no site da emissora na internet. Explica melhor como é esse formato para o público...

Nadja –
Menino, tá tudo tão novo, vou ver se consigo te explicar (risos). A gente começou a gravar antes do ano novo, meio que assim: “Vamos ver, o projeto é esse, vamos lá”. O que aconteceu? Fui convidada, junto com outros profissionais, para o projeto. Nós bolamos o formato, então vai ser um trabalho praticamente autoral. Não vou dizer que é autoral meu, porque existe uma equipe. Então, nós juntamos as ideias, e criamos um programa. Não vai ser uma espécie de Vídeo Show, porque o programa só mostra os bastidores e o trabalho das pessoas, do elenco daquela emissora. A gente vai mostrar os bastidores, o trabalho, as curiosidades, mas vai ter uma história por trás disso. Vai ser um reality-show com a Nadja, mas não a Nadja apresentadora, jornalista, e tal, mas com a Nadja pessoa.

Eu não posso falar muito, porque senão estraga a surpresa (risos). Claro que eu quero que isso renda, que vá para frente, mas eu acho que não é legal contar muita coisa agora, porque estamos em processo de criação, estamos criando, e a gente já começou a gravar. E o ano tá começando praticamente essa semana. Eu ainda não voltei a gravar, mas a princípio o rumo que vai tomar é esse. Vai ser uma coisa divertida, legal. Quando eles me chamaram, eles queriam alguém que conhecesse a história do SBT, que gostasse da emissora, que tivesse curiosidade e que se encantasse. Por isso que falo que é a Nadja de verdade. As pessoas até estranham, porque tem aquele estigma que jornalista não fala bobagem, que tem que ser sério, mas antes de ser a Nadja jornalista, eu sou a Nadja pessoa, eu sou mulher, estou no entretenimento, então, vamos relaxar um pouquinho (risos). Mas vai ser bem legal, estou curtindo muito.


NaTelinha – Como tem sido gravar com o Silvio Santos?

Nadja –
Menino do céu, eu sou apaixonada pelo Silvio Santos. Acho que todo mundo por esse encantamento por ele, independente da profissão. Eu cresci assistindo o Silvio, ao SBT, eu sempre me encantei. Eu lembro que, uma vez, eu pedi para meus pais comprarem um brinquedo chamado Mister Chow, não sei se o pessoal dos anos 80, 90, lembram. Inclusive, eu estou atrás desse brinquedo porque parece com o Silvio Santos.


NaTelinha – Opa, se eu achar, vou te mandar, fica tranquila (risos).

Nadja –
Por favor, eu estou loucamente atrás, já fiz o Google já. (risos) Então, eu sempre quis conhecer o Silvio e a Hebe. A Hebe eu conheci antes dela falecer. O Silvio, o pessoal da Band perguntava se eu não via ele no Teleton. E eu dizia que não, nem passar. Quando eu fui convidada para o “Programa Silvio Santos”, eu fiquei muito nervosa. Muito mesmo. Mas eu disfarço meu nervosismo. Antes da gravação, eu pedi pro Fabiano, que é o diretor, para ver o Silvio. Mas ele me disse que o Silvio já estava no palco. Eu com um medo de pagar um mico, falei pro Fabiano que eu era doida por ele. Acho que ele não levou muito a sério, mas lá fui eu, com uma cara de medo, me fazendo de tranquila, segura de si. Então gravamos.

Depois que terminamos, ele numa gentileza, numa simplicidade, numa educação, que nunca vi com um profissional da categoria dele. E ele cumprimentou a mim e aos meus colegas, pedindo para que a gente participasse outras vezes numa simplicidade. E todo mundo foi embora e eu fiquei lá parada, dura. Aí eu disse: “Silvio, gostaria de lhe falar uma coisa”. E ele: “Pois não”. E eu: “Eu amo você, eu sou apaixonada por você”. E eu toquei a mão do rosto dele. Ele deu uma gargalhada e me deu um abraço e eu saí de lá encantada, querendo contar pra todo mundo! Então assim, toda vez que eu gravo com ele, é um encantamento. Independentemente do caminho que vou ter naquela emissora, ele é uma referência, ele é o único comunicador e animador de plateia que o nosso país tem! Animador de plateia, só temos ele! Eu amo a verdade, e o Silvio Santos é de verdade. Ele é aquilo no palco, é aquilo na festa dos funcionários, que ele se coloca como um funcionário, por isso que eu me sinto tão a vontade com ele.
 


NaTelinha – Que declaração de amor....

Nadja –
Menino, não é? Acho que eu não fiz isso por homem nenhum. (risos)


NaTelinha – Se o Silvio não fosse casado com a dona Íris, não é?

Nadja –
Ah, não, acho que não ia dar muito certo, tem uma diferença razoável de idade. (risos)


NaTelinha – Pra terminar: Nadja Haddad, como você se define?

Nadja –
Intensa. Extremamente intensa. Eu não consigo ser rasa, mais ou menos. E eu ganho e perco muito com isso, porque as pessoas não estão acostumadas com isso, com pessoas intensas. Quando eu levei o tiro em 2005, há nove anos atrás, eu vi minha vida se esvaindo e vi que talvez os meus maiores sonhos não seriam realizados, e que eu perdi tanto tempo com bobagens, eu te falo: hoje, eu não tenho medo de ser feliz, vivo dentro do meu bom senso, sou extremamente responsável, mas eu sou intensa. Se eu quiser chorar, eu choro, se eu quero falar eu te amo para alguém, eu digo. Como a pessoa vai receber isso, não é problema meu (risos). Então, é isso, por isso que eu tô feliz agora, porque eu estou sendo de verdade. Não digo que eu fiquei anos vivendo de mentira, não é isso, mas eu sustentei um formato que é imposto à todos os jornalistas por protocolo. Então, é isso. Nadja intensa.
 

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