Sabia dessa? Única novela de Sandra Annenberg na Globo terminava há 36 anos
Antes de se tornar uma das estrelas do jornalismo da Globo, Sandra Annenberg foi uma das estrelas de Pacto de Sangue, esquecida novela das seis que terminava em 1989
Publicado em 22/09/2025 às 12:21,
atualizado em 22/09/2025 às 16:42
Há exatamente 36 anos, no dia 22 de setembro de 1989, terminava a primeira e única experiência de Sandra Annenberg como atriz da Globo. Algum tempo depois, ela se tornou uma das estrelas do jornalismo da emissora.
Nesse dia, a Globo exibia o último capítulo de Pacto de Sangue, esquecida novela das seis que estreou em 8 de maio daquele ano e teve seus 119 capítulos exibidos quando já estavam totalmente gravados - estratégia semelhante foi vista recentemente em novelas como Nos Tempos do Imperador, Salve-se Quem Puder e Um Lugar ao Sol, por conta da pandemia de Covid-19.
A produção, de Regina Braga, se passava em Campos dos Goytacazes no ano de 1870, ao final da Guerra do Paraguai, seguindo até a promulgação da Lei do Ventre Livre.
No elenco, além de Sandra, estavam nomes como Carlos Vereza, Carla Camurati, Rubens de Falco, Edwin Luisi e Sandra Bréa.
Experiência
Após apresentar alguns programas como Vitória e Grandes Concertos, na TV Cultura, Sandra Annenberg estreou como atriz na primeira temporada do humorístico Bronco, na Band, em 1987.
Na emissora dos Saad, ela também participou de Chapadão do Bugre (1988); na Globo, esteve na série Tarcísio e Glória (1988), fez Pacto de Sangue e as minisséries República (1989) e A, E, I, O... Urca (1990).
Além disso, ela estrelou, ao lado de Herson Capri, a mal-sucedida Cortina de Vidro, novela que Walcyr Carrasco escreveu para o SBT em 1989.
Depois disso, Sandra enveredou para o jornalismo, inicialmente em programas como Sport Shopping Show e Super Esporte; em 1991, se tornou apresentadora da previsão do tempo do São Paulo Já. Depois, passou por praticamente todos os programas jornalísticos da casa, como Fantástico, Jornal da Globo, SPTV e Globo Notícia, se fixando no Jornal Hoje entre 2003 e 2019 e, atualmente, estando no comando do Globo Repórter, que em breve dividirá com William Bonner.
Sem reprise

Nunca reprisada pela Globo e ainda não disponibilizada no Globoplay, Pacto de Sangue foi a primeira novela da Globo a ser exibida totalmente pronta.
Como as recentes tramas que foram obrigadas a passar por isso, os autores e a direção não conseguiram utilizar as pesquisas de opinião para ajustar a trama de acordo com o que o público queria.
"Trata-se de uma obra fechada. Um vôo cego, onde você junta a imaginação e muita intuição para escrever a trama", comentou a autora ao jornal O Dia de 29 de janeiro de 1989. "Tem um lado bom que impede de se esticar a novela e acabar perdendo a consistência dos personagens", completou Carlos Vereza.
De acordo com notícias da época, Pacto de Sangue era uma experiência da Globo, que queria implantar essa estratégia para o maior número de novelas possível. A emissora planejava se mudar para o Projac (atual Estúdios Globo) em 1991, o que acabou acontecendo apenas alguns anos depois.
"Todas as novelas que dirigi, com exceção de As Três Marias, foram obras fechadas. Acho muito mais fácil, pois você planeja melhor as cenas e tem uma margem de erro menor", enfatizou o diretor Herval Rossano.
A novela não teve grande repercussão e cedeu sua faixa para O Sexo dos Anjos, de Ivani Ribeiro.
A novela da nove da Globo tem várias reviravoltas em sua reta final