Três novelas históricas com Regina Duarte que a Globo nunca mais poderá exibir
Atualmente sendo vista na reprise de História de Amor, Regina Duarte estrelou muitas novelas de sucesso na Globo; três tramas históricas, no entanto, foram perdidas para sempre

Publicado em 13/05/2025 às 13:48
Longe das novelas da Globo desde 2017, quando participou de Tempo de Amar, Regina Duarte ainda é muito lembrada pelo público por causa dos inúmeros sucessos que estrelou na emissora.
Enquanto Vale Tudo, uma das novelas de maior êxito que ela fez no canal, ganhou uma nova versão, que atualmente está sendo exibida na faixa das nove, outras produções estreladas pela atriz infelizmente nunca mais poderão ser vistas na íntegra pelo público.
Confira três exemplos abaixo:
Carinhoso
Novela escrita especialmente para ser estrelada por Regina Duarte, Carinhoso foi exibida pela Globo entre julho de 1973 e janeiro de 1974. A produção, exibida na faixa das sete, foi disponibilizada no final do ano passado pelo Globoplay, mas dentro do Projeto Fragmentos.
Infelizmente, os assinantes da plataforma podem conferir apenas sete dos 174 capítulos da obra: o primeiro e o segundo, que foram condensados num só, o terceiro, dois do meio (87 e 88) e os três últimos (172, 173 e 174).
O curioso é que a Globo tinha as fitas da novela até o final dos anos 1970, já que Carinhoso foi reapresentada no período da tarde enquanto ainda estava sendo finalizada, entre dezembro de 1973 e março de 1974, e antes da criação oficial do Vale a Pena Ver de Novo, entre setembro de 1978 e maio de 1979. Outras produções da mesma época que tiveram reprises posteriores tiveram seus compactos preservados, como Irmãos Coragem (1970) e Selva de Pedra (1972).
Desde 1979, Carinhoso nunca mais foi vista pelo público, sendo vítima do reaproveitamento sistemático de fitas que ocorria na época, sendo simplesmente apagada.
Véu de Noiva
Véu de Noiva foi uma novela que marcou a história da Globo por diferentes motivos.
A obra de Janete Clair, exibida entre 1969 e 1970, deixou para trás as histórias rocambolescas de capa-e-espada escritas por Glória Magadan e abriu espaço para narrativas modernas, como a Tupi havia feito um ano antes, com Beto Rockfeller.
Também foi a primeira novela de Regina Duarte na Globo. Convidada pelo chefão da emissora, Boni, ela deixou pela metade uma novela da Excelsior, onde não recebia salário há meses, para brilhar no canal.
Infelizmente, todas as fitas de Véu de Noiva foram perdidas – não se sabe se num dos dois incêndios que atingiram a emissora, nos anos 1970, ou se simplesmente foram reutilizadas, como era comum até meados da década de 1980. Restaram apenas as fotos e poucas imagens de bastidores.
Minha Doce Namorada
Exibida entre abril de 1971 e janeiro de 1972, Minha Doce Namorada entrou para a história porque foi a partir dela que Regina passou a ser chamada de "Namoradinha do Brasil".
De autoria de Vicente Sesso, que criou a história às pressas, a novela das sete narrava o drama da jovem Patrícia (Regina Duarte). Ela era uma moça órfã e pobre que morava em Ouro Preto (MG) e decidiu ir embora para o Rio de Janeiro junto com a trupe de um parque de diversões que passou pela cidade.
Infelizmente, nenhuma cena dos 242 capítulos da trama sobreviveu para contar história, provavelmente sendo consumidas nos incêndios que assolaram a emissora nos anos 1970. Enquanto a produção estava sendo gravada, inclusive, ela teve alguns cenários e figurinos atingidos pelo fogo, em 1971.