Vale Tudo não é a primeira: 12 novelas da Globo que tiveram brigas nos bastidores
Cauã Reymond e Bella Campos se desentenderam nos bastidores de Vale Tudo; no entanto, rusgas semelhantes já aconteceram em inúmeras novelas da Globo ao longo dos anos

Publicado em 17/04/2025 às 08:47
Os bastidores de Vale Tudo têm fervilhado com as polêmicas envolvendo Cauã Reymond e Bella Campos. Os dois teriam se desentendido no estacionamento da emissora por causa de uma suposta reclamação dele à atuação da jovem atriz.
Contudo, Vale Tudo não é a primeira e nem será a última novela na Globo a contar com esse tipo de problema.
Confira alguns exemplos:
Pecado Rasgado
A estreia de Silvio de Abreu na Globo não deu muito certo. Ele não guarda boas lembranças de Pecado Rasgado (1978).
O autor teve muitos desentendimentos com o diretor Régis Cardoso, que não gostava do texto da produção. Segundo Abreu, o colega fez o elenco todo se rebelar contra ele. Foi feito até um abaixo-assinado contra o novelista.
Cardoso foi substituído antes da novela acabar, enquanto Abreu pediu demissão da Globo após a exibição do último capítulo.
Eu Prometo
Apesar de terem formado par romântico em diversas novelas da Globo, Francisco Cuoco e Dina Sfat tiveram vários desentendimentos nos bastidores. Eles formaram um casal na última novela de Janete Clair, Eu Prometo (1983).
Cuoco explicou que eles tinham feito uma peça de teatro juntos e brigaram muito. Portanto, passaram a novela inteira sem se falar nos bastidores. Com isso, não passavam o texto juntos e deixavam o diretor Dennis Carvalho enlouquecido.
O ator também revelou que, antes da morte dela, em oitenta e nove, eles fizeram as pazes.
Tieta
Bemvindo Sequeira roubou a cena em Tieta (1989), como o bêbado Bafo de Bode. No entanto, o ator revelou que passou apuros nos bastidores, sendo rejeitado pelos colegas de elenco.
Benvindo disse que era ignorado por muitas atrizes, que sequer falavam com ele, sendo salvo do constrangimento por Ary Fontoura.
Para completar, de acordo com o artista, o sucesso do personagem piorou as coisas, já que ninguém esperava por isso, gerando uma guerra de egos.
Muitos colegas, segundo ele, passaram a pedir a morte de Bafo de Bode, e que a transformação do bebum em evangélico no final da trama foi para tirar a graça do personagem.
Despedida de Solteiro
O clima também esquentou entre Paulo Gorgulho e Lúcia Veríssimo em Despedida de Solteiro (1992). Apesar do casal que interpretavam ser querido pelo público, os dois não se davam bem nos bastidores.
Em entrevista, Lúcia confirmou as divergências, dizendo que os santos dos dois não se cruzaram desde o início da produção. Ela também ressaltou que nunca mais falou com ele e que, se o visse, nem o cumprimentaria.
O ator, por sua vez, nunca se pronunciou sobre o fato.
Pátria Minha
Problemas nos bastidores de Pátria Minha (1994), praticamente destruíram a novela de Gilberto Braga.
As constantes brigas de Vera Fischer e Felipe Camargo, que eram casados na vida real, fizeram os dois serem expulsos do meio da novela. Como Vera vivia uma personagem importante, a trama desandou de vez.
Para completar, a musa disparou publicamente contra Tarcísio Meira, que estaria reclamando dos atrasos dela antes da saída. Em entrevista ao jornal O Dia, ela disse que o galã era um "velho caquético" e dirigiu um palavrão contra ele e a Globo.
O ator relevou a declaração, dizendo que ela disse quando estava emocionalmente abalada com a história.
Quatro por Quatro
Atrizes que protagonizaram Quatro por Quatro (1994), Elizabeth Savalla e Betty Lago também tiveram desentendimentos nos bastidores. A informação foi confirmada recentemente pela atriz Cristiana Oliveira, que também estrelou a trama.
Na época da novela, o jornal O Globo chegou a abordar o assunto, dizendo que existia um clima de guerra fria na gravação das cenas.
Savalla, inclusive, declarou para a revista Contigo que sua personagem em Quatro por Quatro não existiu e que o autor Carlos Lombardi só dava bons papéis para os jovens.
Ela jurou que nunca mais trabalharia com ele, o que acabou cumprindo. O autor não se pronunciou.
A Próxima Vítima
Cláudia Ohana e José Wilker brilharam como Isabela e Marcelo em A Próxima Vítima (1995), mas não tinham um bom relacionamento longe das câmeras.
Recentemente, a atriz fez elogios à inteligência do ator, mas declarou que, apesar de química de ambos, eles não se davam bem e mal se falavam nos bastidores.
Pecado Capital
Em 1998, a Globo inventou de fazer um remake de Pecado Capital, que acabou se revelando um fiasco. Para complicar, os bastidores da novela foram quentes.
Carolina Ferraz, que vivia a protagonista Lucinha, simplesmente se recusou a beijar Francisco Cuoco em cena. De acordo a Folha de São Paulo, ela supostamente teria declarado que sentiria nojo do ator.
A Globo foi obrigada a criar uma nova personagem, vivida por Vera Fischer, para ficar com o empresário.
Em entrevista ao jornal O Dia, Cuoco declarou que a novela foi um pesadelo e que ele foi até o fim por ser profissional. Ele também disse que Carolina era intratável e que, para conviver com ela, teve que procurar um analista.
A atriz, por sua vez, nunca se pronunciou sobre o assunto.
Esperança
Eram tantos problemas em Esperança, desastrosa novela das oito de 2002, que a Globo acabou afastando o autor Benedito Ruy Barbosa no meio da trama.
Enfrentando problemas pessoais, o autor atrasava a entrega dos capítulos e prejudicava ainda mais o andamento da produção.
Quando Walcyr Carrasco assumiu a autoria e fez diversas mudanças, Benedito ficou possesso e mandou avisar que, se o visse, acabaria batendo nele.
Sabor da Paixão
Uma longa amizade terminou durante Sabor da Paixão (2002). Pedro Paulo Rangel e Cássia Kiss, que sempre se deram muito bem, viviam um casal na trama.
No entanto, de uma hora para outra, Rangel parou de falar com ela. A atriz disse que nunca soube o que aconteceu, mas achava que ele foi envenenado por alguma fofoca.
Cássia ainda declarou que um dia gostaria de se acertar com o astro, mesmo quando eles fossem velhinhos, mas isso não foi possível, pois Rangel morreu em 2022.
Páginas da Vida
Grazi Massafera sofreu quando estreou nas novelas, em Páginas da Vida (2006).
A atriz revelou que era motivo de chacota e que foi humilhada por outros artistas do elenco, sem citar nomes. Ela disse que, em sua primeira cena de choro, uma colega ficou atrás da câmera sussurrando que ela não ia conseguir.
A musa ainda declarou que atores faziam pouco caso das cenas que tinham com ela, dizendo que não queria contracenar com uma ex-BBB, e que falavam olhando para a parede.
Ela completou dizendo que esconderam um estojo de maquiagem em sua bolsa, para que fosse acusada de roubo, e que encontrou um boneco de vodu em seu carro.
O Sétimo Guardião
Fiasco exibido pela Globo em 2018, O Sétimo Guardião ficou marcada por um desentendimento entre Lília Cabral e Marina Ruy Barbosa nos bastidores.
De acordo com o jornal Extra, colegas de elenco teriam reclamado dos atrasos de Marina, que vivia a protagonista da trama. Lília teria perdido as estribeiras e supostamente perguntado quem a garota pensava que era, além de dizer que ela seria mimada.
Na época, a assessoria da Globo negou qualquer problema, mas a própria Lília confirmou o fato na festa de lançamento de Fuzuê, novela em que elas viveram mãe e filha.
A veterana disse que o assunto tinha ficado no passado e que, se não estivesse tudo bem, elas não estariam trabalhando juntas.