Polêmica

Na Band, Adriana Araújo alerta que Carnaval não pode ter censura após polêmica com Vai-Vai

A jornalista se manifesta após desfile da Vai-Vai no Anhembi gerar polêmica com fantasias de demônios e escudos da Polícia Militar


Montagem com Adriana Araújo e fantasia da escola Vai-Vai
Adriana Araújo alerta sobre tentativa de censura no Carnaval - Foto: Montagem/NaTelinha
Por Redação NT

Publicado em 14/02/2024 às 08:42,
atualizado em 14/02/2024 às 09:12

O desfile da escola de samba Vai-Vai, ocorrido na noite do último sábado (10) no Anhembi, causou alvoroço ao levar para a avenida integrantes vestidos de demônios e portando escudos do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo. A ousadia da agremiação gerou debates acalorados sobre os limites da criatividade no Carnaval. No Jornal da Band, a jornalista Adriana Araújo alertou que o desfile não pode ser censurado (vídeo no fim da reportagem).

O enredo da Vai-Vai trouxe como tema o hip hop de São Paulo. Durante o desfile, a escola contou com a presença de Mano Brown e KL Jay, dos Racionais MC's.

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"Carnaval é liberdade e fantasia, não cabe censura. Mas esse episódio serve para uma reflexão importante. Erros policiais têm que ser corrigidos, mas como sociedade, não podemos deixar de reconhecer e valorizar o policial, que está na rua todos os dias, trabalhando corretamente. Você já se perguntou a quem interessa uma polícia desacreditada? Ao crime, apenas ao crime", disse a jornalista

O desfile da escola de samba Vai-Vai teve como tema o hip-hop de São Paulo. Durante a apresentação, a escola contou com a presença dos famosos Mano Brown e KL Jay, integrantes do grupo Racionais MC’s.

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O Sindicato dos Delegados de São Paulo ( Sindpesp) emitiu uma resposta em relação ao desfile da escola de samba Vai-Vai. Segundo o sindicato, a agremiação do Bixiga tratou com escárnio a figura dos agentes da lei. A nota de repúdio enfatiza que a ala intitulada “Sobrevivendo no Inferno” demonizou a polícia, causando indignação ao retratar de forma “covarde” os profissionais que se “dedicam à proteção de toda a sociedade”. O Sindpesp também solicitou que a escola de samba reconheça o exagero e emita uma retratação pública.

Por outro lado, a escola Vai-Vai afirmou que não teve a intenção de promover ataques ou provocações. Além disso, a escola explicou que seu desfile abordou recortes históricos e que a ala em questão prestou uma homenagem ao álbum “Sobrevivendo no Inferno”, lançado na década de 1990 pelos Racionais MC’s1.

Após a polêmica, o deputado federal Capitão Augusto e a deputada estadual Dani Alonso, ambos do PL paulista, encaminharam um ofício ao governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos),  apoiador de Bolsonaro, e ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), solicitando que a escola de samba Vai-Vai seja privada de acesso a verbas públicas em 2025 devido ao que consideram um “desrespeito” a PM.

Veja abaixo a íntegra do comunicado da Vai-Vai:

"Em 2024, a escola de samba Vai-Vai levou para a avenida o enredo Capitulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop – Um manifesto paulistano.

Como o próprio nome diz, tratou-se de um manifesto, uma crítica ao que se entende por cultura na cidade de São Paulo, que exclui manifestações culturais como o hip hop e seus quatro elementos – breaking, graffiti, MCs e DJs. Além disso, o desfile buscou homenagear e dar vez e voz aos muitos artistas excluídos que nunca tiveram seu talento e sua trajetória notadamente reconhecidos.

Neste contexto, foram feitos, ao longo do desfile, uma série de recortes históricos, como a semana de arte de 1922 e o lançamento do álbum “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MCs, em 1997. “Sobrevivendo no Inferno” é o segundo álbum de estúdio do grupo, lançado pelo selo da gravadora Cosa Nostra em 20 de dezembro de 1997. É considerado o álbum mais importante do rap brasileiro. Em 2007, figurou na 14ª posição da lista dos 100 melhores discos da música brasileira pela Rolling Stone Brasil. Em 2018, o álbum foi incluído pela Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas) na lista de obras de leitura obrigatória para o vestibular da Unicamp a partir de 2020. Meses depois, a obra virou livro, publicado pela Companhia das Letras, tamanha sua relevância".

Assista ao vídeo de Adriana Araújo na Band:

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