Tokusatsu

Sucesso da Manchete, Kamen Rider Black volta à TV com episódio inédito

Série japonesa reestreia na Band neste domingo (30), com abertura em português


O herói japonês Kamen Rider Black
O herói japonês Kamen Rider Black (Foto: Reprodução)

As séries japonesas chegaram para ficar na Band, e neste domingo (30) mais uma produção dos anos 80 voltará à TV: Kamen Rider Black. Sucesso da extinta Manchete, o herói substituirá Jaspion e terá novidades: um tema de abertura em português e um episódio inédito no Brasil.

De "tapa-buracos" para cobrir a paralisação do futebol em função da pandemia de coronavírus, as séries clássicas recuperaram a audiência da Band nas manhãs de domingo. Com picos de até três pontos na Grande São Paulo, os heróis japoneses consolidaram a emissora no quarto lugar do Kantar Ibope e entre os assuntos mais comentados nas redes sociais.

Uma das mais tradicionais franquias japonesas, Kamen Rider estreou na década de 1970, mas conquistou o público brasileiro a partir de abril de 1991, quando a Manchete começou a exibir Black Kamen Rider (como foi traduzida).

Lançada originalmente em outubro de 1987, a produção chamou a atenção das crianças pela história e pelo visual do protagonista. Diferentemente de Jaspion, que vestia uma armadura metálica, Kamen Rider era praticamente um gafanhoto motoqueiro. Virou mania também no comércio, com a venda de bonecos de plástico, motos de brinquedo e até um LP.

O retorno de Kamen Rider foi sugerido à Band por Nelson Sato, presidente da Sato Company e detentor dos direitos das séries japonesas no Brasil. Ele acredita que o mutante pode manter o sucesso do herói anterior e tem outras relíquias na gaveta para quando Jiraiya e Changeman saírem do ar. O NaTelinha apurou que Jiban, outro clássico da Manchete, teve sua dublagem concluída.

"A Band me deu muita liberdade para escolher. Dei minha opinião, também escutando os fãs nas redes sociais. Pretendo trazer toda a franquia Kamen Rider para o Brasil e para a América Latina. A franquia é enorme, tem um investimento grande. Vai depender de audiência e retorno financeiro, mas a intenção existe", antecipa Nelson Sato ao NaTelinha.

Kamen Rider Black volta à TV com episódio inédito

Nova abertura e final inédito 

O executivo providenciou duas surpresas para os fãs. A abertura de Kamen Rider Black terá uma versão inédita e exclusiva no Brasil, traduzida e interpretada por Ricardo Cruz. Fã de cultura pop japonesa desde a infância, o cantor é responsável por temas de animes como Os Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball Super, Hunter x Hunter e One Punch Man.

"É um desafio, porque a canção japonesa é muito marcante. Mas a letra original é uma Deixei a música com o tom mais coerente do que costumo cantar, e também fizemos um instrumental do zero, respeitando o original, com arranjo do Lucas Araújo. Tinha nove anos quando estreou, voltava da escola e pegava o finalzinho. Kamen Rider tem um espírito mais macabro, gosto muito", elogia Cruz, que também publicará a versão brasileira em seu canal no YouTube.

A outra novidade é um dos desejos mais aguardados pelos saudosistas da Manchete. Finalmente, o último episódio de Kamen Rider Black, que não chegou ao Brasil nos anos 90, irá ao ar na Band com dublagem inédita, realizada em julho no estúdio Centauro, em São Paulo, e com o elenco original. A luta final entre Kamen Rider Black e Shadow Moon terá as vozes, respectivamente, de Élcio Sodré e Francisco Bretas.

"Foi uma viagem no tempo. Rever as imagens me emocionou porque relembrei o início da minha carreira. Fiquei muito conhecido pelos fãs por causa do gênero tokusatsu. Assisti a alguns episódios para recordar, mas o Shadow Moon ficou marcado na minha memória. Acredito que minha voz não envelheceu tanto porque eu a preservo, não fumo, e ganhei experiência para fazer muito melhor", compara Bretas.

"Recebemos o material antigo com 50 episódios dublados, mas o último não. Vieram as dúvidas, se os dubladores estavam vivos e se a qualidade de áudio seria muito diferente, mas decidimos fazer. O pessoal está esperando muito o episódio 51. Depois de quase 30 anos, todos poderão assistir ao final", conta Nelson Sato. 

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