Inquérido

Polícia investiga Cidade Alerta após morte de homem apontado como assassino

Homem foi assassinado após ter sua imagem divulgada na Record TV


Luiz Bacci e acusado que foi morto
Luiz Bacci e acusado que foi morto - Foto: Montafem/Reprodução

A Polícia Civil do estado de São Paulo abriu um inquérito para apurar se contratados da Record cometeram um crime. Na última segunda-feira (13), Alécio Ferreira Dias foi assassinado na cidade de Salto, a 104 km da capital, após ser apontado no Cidade Alerta como suspeito de ter assassinado uma jovem de 18 anos.

O programa policial, comandado por Luiz Bacci, afirmou que o catador de material reciclado era o principal suspeito. “A informação que nos chega é que seria 99,9%, viu Bacci? Certeza de que é este homem, que você tem a foto em mãos, mas que a gente não pode divulgar”, disse a repórter Lorena Coutinho ao apresentador. "A polícia tem praticamente certeza de que é este homem", completou.

No caso, que foi revelado por Maurício Stycer, colunista do UOL, a foto do suspeito foi mostrada borrada, só que ele acabou sendo reconhecido na cidade, e logo depois, morto a tiros. Bacci tinha chegado a pedir no ar que a população não fizesse justiça com as próprias mãos.

Procurada pelo NaTelinha, a assessoria de imprensa da Record disse que não vai comentar o assunto.

Polícia desmente o Cidade Alerta

Os policiais afirmam que Dias não era suspeito. E que só foram procurados pelos produtores do programa quando a matéria já estava no ar, ou seja, com informações imprecisas.

Para a Folha de S. Paulo, um policial que garantiu que a reportagem foi alertada de que não havia provas contra o homem que foi apresentado como suspeito.

Além disso, também foi apresentado na emissora que Alécio teria ligação também com mais duas mortes de mulheres na mesma cidade. Algo que também foi negado pela polícia

Cidade Alerta é alvo de críticas

O tradicional programa policial vem se envolvendo em uma série de polêmicas por conta de suas apurações. Em maio deste ano, como foi adiantado pelo NaTelinha, a cobertura de uma morte acabou revoltando uma família.

A repórter Luiza Zanchetta e o cinegrafista José Filho cobriam um caso de assassinato. A jornalista então acusou o rapaz morto de ser agiota e sofreu ameaças da filha órfã, que desabafou e ganhou um pedido de desculpas ao vivo pelo erro.

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