Memórias da Telinha

Há 20 anos, Leão Livre deixava a Record após tentar manter sucesso de Ratinho

Leão Livre estreou em alta, mas o auge durou pouco


Gilberto Barros na Record no Leão Livre
Leão Livre na Record em 1998 - Reprodução

Saiu um rato, entrou um leão para tentar manter a alta audiência da Record em 1998. Carlos Massa, o Ratinho, apresentava o Ratinho Livre que por muitos meses deu trabalho à Globo e volta e meia conseguia o primeiro lugar no Ibope.

Seu substituto, no segundo semestre de 98 foi Gilberto Barros, o Leão. A Record optou por manter o mesmo formato, trocando apenas os animais no título da atração.

A princípio, o Leão Livre foi considerado um sucesso pela emissora. Conseguindo se manter com dois dígitos e batendo a Globo ocasionalmente, a Record fez com que a estreia de Ratinho fosse adiantada pelo SBT em 10 dias.

Com um estilo parecido com o de Ratinho, o próprio Gilberto Barros se considerava sucessor dele, como numa entrevista concedida ao jornal O Globo de setembro de 1998: "No começo, as pessoas vão achar até que estou imitando o Ratinho, mas a verdade é que temos estilos muito parecidos e eu já fazia isso em rádio há um bom tempo. Sou o sucessor natural do Ratinho. Somos amigos e foi ele quem me trouxe para a televisão aqui na capital paulista, quando indicou meu nome ao Eduardo Lafon (diretor de operações e programação da Record) para fazer o Disque-Record. E foi ele também quem sugeriu que eu o substituísse agora".

Auditório raiz

Leão comandava um programa como o de Ratinho: uma grande festa de arromba, aparecia com um paletó um tanto quanto amarrotado apresentando casos bizarros. Um que ficou na memória do público foi o "bebê de três cabeças", que na realidade era uma criança de um ano e dois meses com dois enormes tumores.

Assim como o roedor do SBT, o Leão Livre também teve problemas com a Justiça. No final de 1998, ações civis públicas tomaram conta do programa, que reclamavam a exibição das brigas e casos com pessoas deformadas.

Sem saída, a Record optou por fazer com que o Leão ficasse mais manso em 1999. Mais investigativo, porém sem situações vexatórias.

A atração podia até exibir anomalias genéticas, mas sem sensacionalismo.

Meteórico

O sucesso do programa Leão Livre foi meteórico e durou pouco mais de um ano. A concorrência com Ratinho e toda essa divisão de público ajudaram a enfraquecer sua audiência.

No segundo semestre de 1999, a fuga de anunciantes tornaram o programa inviável, aliado a falta de uma boa audiência, culminando na sua extinção em 26 de novembro daquele ano.

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