Posições diferentes

Lacombe e Silvia Poppovic esclarecem briga e ela diz: "Estamos sendo usados pra dar audiência"

Apresentadores esclarecem discussão na segunda-feira


Silvia Poppovic e Luís Ernesto Lacombe
Silvia Poppovic e Luís Ernesto Lacombe no "Aqui na Band" - Reprodução/TV Bandeirantes

Apresentadores do "Aqui na Band", Silvia Poppovic e Luís Ernesto Lacombe tiveram uma discordância sobre o caso da morte da menina Ágatha na última segunda-feira (23). Já nesta quarta (25), os dois "lavaram roupa suja" ao vivo no programa da Band (veja o vídeo no final da reportagem).

No início da semana, Silvia lamentou a ineficiência da polícia e segurança pública porque teria "saído atirando" no Morro da Alemão, enquanto Lacombe afirmou que as autoridades não poderiam deixar de atuar nas favelas.

Nesta quarta, o colunista de celebridades Nana Rude questionou se eles estavam brigados. "Que brigados que nada, sabe o que acontece? Esse é um tema que mexe com todos nós. Me sinto envergonhada em um país que perde tantas crianças com a violência no país. É um tema que abala todos nós brasileiros. Quando você vê dois jornalistas com posições diferentes, debatendo, já põe o rótulo. Eu tenho gente no meu Instagram dizendo coisas absurdas. Se perdeu o fio terra. Nós podemos ter opiniões diferentes", opinou Silvia.

Para a apresentadora, pensar diferente é bom. "Soma. Pra você que tá em casa, pensa um pouco no que a Silvia falou, no Lacombe e tira o melhor", ponderou.

Luís Ernesto Lacombe falou na sequência: "As pessoas têm que ser civilizadas. Quando começa a partir pra ameaça, coisa pessoal, é quando você não tem argumentos contra a ideia da pessoa. Quando entram no meu Instagram e me xingam, eu respondo adequadamente. A discussão pra mim é no campo das ideias".

Os dois apresentadores disseram que defendem uma polícia mais inteligente, cirúrgica. "O que discordamos é de uma coisa pontual", minimizou Silvia.

Lacombe relembrou que na década de 80, Leonel Brizola baixou um decreto que proibia que a polícia subisse à favela e morro, o que fortaleceu os traficantes, segundo ele. "Não quero que a polícia saia matando", reiterou o jornalista.

Buzz

Depois de uma discussão um pouco mais acalorada, Silvia Poppovic admitiu: "Estamos sendo usados aqui pra dar audiência pro programa, só pode ser. O Brasil perde muito por conta polarização".

"As pessoas ao invés de se encontrarem só falam coisas feias", seguiu ela.

Resposta a Felipe Neto e Jean Wyllis

Nana Rude colocou na tela um tuíte de Felipe Neto, que classificou Lacombe como a decepção de 2019 e "olavista", que acredita em teorias da conspiração, se referindo também às mudanças climáticas e aquecimento global.

Lacombe respondeu: "Não faço parte de seita. Nem de um lado nem de outro. E por que ele chama minhas opiniões climáticas de conspiração? Eu recomendo que ele procure uma entrevista com a Judith Curry, cientista que não concorda com essa ideia. Não estou defendendo: vamos poluir e dane-se. Mas as três pessoas que mais influenciaram meu pensamento foram ela e os dois maiores climatologistas do Brasil. Temos que ouvir todos os lados. Quem tem argumentos são esses que citei. Não há consenso entre as mudanças climáticas".

O jornalista também respondeu o ex-deputado Jean Wyllys, que dizia que ele deveria ter uma visão mais sofisticada e seu modo de pensar era de um imaginário racista, e que os grandes chefes dos tráficos não estão no morro e sim em lugares mais nobres como Leblon e até Miami.

"É óbvio que os chefões dos tráficos não estão na favela. As pessoas da favela não podem ser reféns. Não concordo com as ideias do Jean. Ele sonha com estado enorme. E eu penso em estado menor, mais enxuto. Ele é de um partido contra a propriedade privada. Eu defendo. Me chamar de racista? Façam uma pesquisa pra ver como eu trato as pessoas, com o maior respeito. Chamo todo mundo pelo nome", defendeu-se.

Confira o vídeo:

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