Ratinho e SBT são condenados por fake news e terão que indenizar padres
Reportagem considerada falsa foi exibida em 1999
Publicado em 17/06/2019 às 16:51
Demorou, mas o SBT e Ratinho foram condenados pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça) por causa de uma reportagem exibida pelo seu programa em 1999. Dois padres, envolvidos no caso, processaram a atração porque as informações passadas na matéria não eram verídicas.
A Justiça decidiu que os padres da cidade de Astorga, localizada no estado do Paraná, receberão cerca de R$ 400 mil, já corrigidos. Os valores serão repartidos meio a meio, ou seja, Carlos Massa desembolsará R$ 200 mil e o restante ficará na responsabilidade do SBT.
Segundo informações do jornalista Lauro jardim, do jornal O Globo, a reportagem afirmava que uma mulher havia abandonado o marido e foi morar com o padre que acabou realizando a cerimônia de casamento.
O primeiro problema ocorreu por causa de uma troca de padres: as imagens mostradas pelo “Programa do Ratinho” eram de outro sacerdote. O segundo ponto é que a história não existiu, ou seja, a Justiça concluiu que a notícia foi uma “fake news”.
O documento da decisão detalha que houve imprudência da emissora e da produção do comunicador em passar uma reportagem ao vivo inverídica, ofendendo a honra e o sofrimento das vítimas, pois houve enorme repercussão, já que a atração tinha alta audiência no final dos anos 90.
O caso foi ainda mais grave, segundo informações da sentença, porque os padres ficaram com a marca de terem infringido o celibato, o que é considerado por católicos uma infração grande.
A decisão da Justiça não cabe mais recurso.