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Globo afasta cinegrafista que assediou namorada de atriz de "O Sétimo Guardião"


Silhueta de cinegrafista
Foto/ilustração

Após o caso de assédio sexual do ator José Mayer com a figurinista Su Tonani, em 2017, a Globo enfrenta uma outra denúncia com o mesmo tipo de coerção ocorrida dentro de seus estúdios no Rio de Janeiro.

Um cinegrafista contratado da emissora, conhecido por várias equipes de produção devido ao seu longo tempo de serviços prestados, foi afastado das suas funções após assediar a namorada de uma atriz da novela "O Sétimo Guardião".

A situação ocorreu dentro da Globo no início deste ano e chegou ao conhecimento do RH do canal e vem sendo tratada de forma sigilosa. Mas foi descoberta pela reportagem do NaTelinha.

Por simpatia ao cameraman, um diretor de área da Globo tentou contornar o comportamento do funcionário, porém, não obteve êxito.

Unidas, algumas atrizes de "O Sétimo Guardião", ao saberem do ocorrido, se mostraram indignadas e propensas a não gravarem nenhuma nova cena enquanto o profissional não fosse afastado, definitivamente, da produção.

Nos bastidores, algumas delas estavam dispostas a expor os detalhes do caso na mídia, caso o cinegrafista retornasse a trabalhar na novela das 21h com a equipe.

O funcionário que assediou a namorada da atriz não foi demitido pela Globo. Está afastado do trabalho e faz uma curso de reciclagem. Ainda não está definido seu futuro na casa.

Procurada pelo NaTelinha, a Globo negou qualquer caso de assédio relacionado à namorada desta atriz nos interiores da emissora, e completou: "Participar de cursos de reciclagem faz parte da rotina de desenvolvimento dos nossos profissionais, que estão em constante aperfeiçoamento. Qualquer decisão sobre questões como a que foi levantada é tomada com base nas nossas normas internas de compliance".

Atualmente, a Globo vem endurecendo na solução de casos de assédio sexual ocorridos internamente. A emissora segue o Código de Ética e Conduta do Grupo Globo, em vigor há quatro anos. Os detalhes deste documento, pilar do Programa de Compliance do principal grupo de mídia brasileiro, foi revelado pelo site Notícias da TV na última semana.

"Comportamentos abusivos, como assédio moral e sexual e outras formas de abuso de poder, bem como ameaças de agressões ou agressões, físicas ou verbais, entre integrantes ou terceiros, não serão tolerados em hipótese alguma. Assim, o Grupo Globo encoraja o reporte de tais atos à área de Recursos Humanos ou à Ouvidoria", diz trecho do documento sobre o tema.

Seguindo seu código de conduta, no início deste ano, a Globo anunciou que não renovaria o contrato com José Mayer. O ator estava há pouco mais de 35 anos na emissora e ficou quase dois anos de geladeira, após um escândalo sexual nos bastidores da novela "A Lei do Amor". Mayer foi acusado pela figurinista Su Tonani, 28 anos, de assédio em um camarim dos Estúdios Globo. O caso veio à tona através do jornal Folha de S. Paulo.

"Depois de mais de 35 anos de uma trajetória iniciada na novela ‘Guerra dos Sexos’, em 1983, com participação em mais de 40 obras, entre novelas, séries, minisséries e especiais, a Globo e o ator José Mayer informam o fim da parceria, de comum acordo, no final de 2018", disse em comunicado à imprensa no dia 15 de janeiro.

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