Silvio Santos pode ter se arrependido de não ter renovado contrato com a Disney
Negócio do SBT com a Disney chegou ao fim na última sexta-feira (31), após três anos
Publicado em 05/09/2018 às 06:00
O motivo de Silvio Santos ter cancelado em cima da hora o aumento de duas horas do "Domingo Legal" e escalado a "Sessão Desenho" para preencher o espaço que era da Disney, começou a repercutir no começo desta semana no SBT.
Os rumores apontam que, embora o apresentador tenha três projetos para ocupar a grade dominical - um deles o programa de Maísa Silva, conforme antecipou o NaTelinha -, ele estaria arrependido de ter terminado a parceria milionária de três anos com a The Wall Disney Company.
Isso se explica pelo seguinte fato: não seria uma tarefa fácil encontrar, entre setembro e março do ano que vem, anunciantes que paguem pelo horário da manhã o que o SBT recebia da Disney.
Faltando quatro meses para o encerramento de 2018, não existe verba projetada, sobrando neste volume nas agências de propaganda. Nenhuma das grandes empresas pode se dispor a injetar um capital milionário num horário matutino infantil ou num novo projeto na mesma faixa até o primeiro trimestre 2019.
Ou seja, Silvio Santos teria percebido que não vai conseguir patrocinador que aporte no SBT os mesmos valores que a Disney investia.
Contrato não renovado
Alguns motivos contribuíram para a Disney não ter renovado seu contrato com o SBT no final de agosto.
De acordo com fontes ouvidas pelo NaTelinha, um deles seria que Silvio Santos teria pedido um reajuste em cima dos valores do antigo contrato, que estaria girando em torno R$ 300 milhões/ano, um aumento substancial.
Teria alegado que diante do aumento do dólar no mercado financeiro, a empresa norte-americana de entretenimento não sentiria os efeitos do reajuste em seu caixa.
Por outro lado, a Disney não estaria disposta a pagar um valor superior para as duas horas diárias do "Mundo Disney" na faixa matutina, e em contrapartida, desejava uma hora na grade noturna do SBT.
Entre idas e vindas nas negociações, inclusive com propostas de sociedade, conforme antecipou o jornalista Ricardo Feltrin, as empresas não chegaram ao denominador que julgassem vantajosas para ambas as partes.