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Jazigos ganham status de imóvel e até benefício pesa na escolha em cemitérios

Novos modelos de jazigos são considerados imóveis


jazigos em foto
Jazigos ganharam status - Foto: Divulgação

A busca por um ambiente agradável e bem cuidado para sepultar e, posteriormente, visitar os entes falecidos, tem atraído muitos cariocas a um endereço cada dia mais famoso no bairro do Caju: o Crematório e Cemitério da Penitência.

Com todo tipo de serviço – cemitério parque, vertical, jazigo (perpétuos e temporário), nichos, mausoléu, crematório e columbários, a direção do Cemitério da Penitência modernizou a sua infraestrutura predial, contratou a arquiteta Crisa Santos para desenvolver obras de arte à céu aberto, que acolhe quem visita o local, e adotou modelos de serviços avançados, com foco na sustentabilidade.

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A valorização da história - o local tem capela histórica (1905) e abriga diversos jazigos de famílias da corte portuguesa que vieram para o Brasil, aliada a preservação do meio ambiente com áreas verdes e a serviços personalizados como concierges, cafeterias e a possibilidade de realizar cerimônias reservadas e personificadas em amplas capelas estilo anfiteatro são alguns dos novos fatores mercadológicos oferecidos às famílias que estão em busca do melhor lugar para preservar a memória dos seus parentes e onde se sentem melhor acolhidas.

A acessibilidade e a tranquilidade do ambiente também são pontos decisivos nesse tipo de negociação. Foram essas condições que levaram a família de Luiz Fernando Braga Silva, morador da Zona Norte do Rio, a transferir os restos mortais do avô que estavam num nicho de outro campo santo da cidade para o Cemitério da Penitência.

“As nossas visitas eram raras e rápidas, porque a gente achava que o local oferecia risco de assalto, éramos obrigados a caminhar por entre jazigos e a minha mãe se sentia muito mal sempre que tinha que ir ao cemitério, afora o quesito manutenção, que deixada a desejar”, relata.

Braga conta que ao ir a um velório no Cemitério da Penitência, o seu pai mudou a sua concepção. “No mesmo mês ele comprou um jazigo no cemitério parque do Penitência e transladou o corpo do meu avô para lá. Depois disso, as visitas ficaram mais frequentes e duradouras. Levamos quase duas horas colocando flores no túmulo, caminhando pela alameda arborizada e até convidamos os parentes para ir também", afirma, acrescentando que o corpo de um primo também já foi transferido para o novo jazigo.

“Com a evolução do mercado funerário, o consumidor vem buscando por soluções mais personalizadas e condizentes com as preferências individuais. Assim como pelas ofertas de aquisição mais flexíveis, permitindo a compra dos jazigos perpétuos de forma antecipada e a preços acessíveis”, analisa Karla Monielly Belchior, CEO do Crematório e Cemitério da Penitência. Essa mudança acompanha a tendência de planejamento financeiro e investimento a longo prazo observada também nas negociações de imóveis, segundo ela.

O comerciante Gerson Xavier Ferraro é um exemplo de quem planeja o futuro. Proprietário de um jazigo há cerca de 20 anos no Cemitério São Francisco Xavier, onde estão os restos mortais do pai, da mãe e da tia, há cinco ele decidiu adquirir um plano previdenciário e comprou dois outros jazigos no cemitério parque do complexo do Penitência pensando na nova geração da família.

Além de uma morada eterna em local de paz e beleza, Gerson vislumbrou no Cemitério da Penitência uma oportunidade comercial: “Estou esperando por uma boa oportunidade do mercado imobiliário para vender um desses espaços no cemitério parque”, diz ele, que costuma passar mais de uma hora lá, principalmente quando vai às missas. “Elas fortalecem a memória familiar, assim como os eventos que o cemitério sempre promove em datas comemorativas, como Dia das Mães e Finados. Já tenho até amizade com os funcionários. Sempre vou ao prédio vertical ver as novidades, admirar o lugar que não parece um cemitério", assegura.

Feliz com o novo empreendimento, Gerson sempre indica o Cemitério da Penitência a parentes e amigos e os aconselha fazer o plano previdenciário, como um investimento que se mostrou muito válido principalmente depois da pandemia.

“O plano permite planejar tudo com calma e serenidade. É a garantia de que a família terá menos uma preocupação tanto prática quanto financeira na hora de sepultar um parente”, avalia o comerciante.

Nos últimos cinco anos, o Crematório e Cemitério da Penitência registrou um aumento de vendas na ordem de 54%.

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