Ícone lésbico, protagonista de Xena foi presa e sofreu bulimia
Série conquistou muitos fãs ao longo dos últimos anos
Publicado em 02/09/2019 às 06:30
Atualmente, tanto no cinema quanto na TV o espaço para os produtos de super heróis tem sido crescente. A Marvel e a DC vem apostando alto em levar ao ar produtos que têm levado milhões de fãs com heróis de todos os tipos. Mas há aproximadamente duas décadas não eram estes os tipos de produções que atraiam a atenção do grande público, mas quem fazia sucesso era “Xena, A Princesa Guerreira”.
O formato nasceu como spin-off de outra série de herói épica, “Hércules” fez muito sucesso e, numa sequência de três episódios, a produção apostou em apresenta “A Princesa Guerreira”, e assim nasceu “Xena”.
Nascendo como vilã, Xena acabou se tornando parceira de Hércules nas batalhas contra os malfeitores e acabou ganhando a simpatia dos telespectadores a ponto de ganhar a encomenda de uma série própria. Vale lembrar que, feita em 1995, ambas as produções foram ao ar na TV da Nova Zelândia e acabaram atraindo os olhos do mundo.
Protagonizada por Lucy Lawless, “Xena, A Princesa Guerreira” contou com seis temporadas entre 1995 e 2001 e ganhou 134 episódios. A história acompanha a vida de uma ex-assassina que tenta se redimir, ajudando todos que sofrem injustiças. Quem a ajuda nesta missão é sua Fidel escudeira Gabrielle (Renee O’Connor).
Rapidamente a série se tornou um fenômeno global, sendo exportada para diversos países, inclusive no Brasil, onde acabou se estabelecendo e fazendo muito sucesso na tela da Record. Exibida diariamente à tarde, a série marcou toda uma geração do início do século.
A produção foi tão épica que, em 2005, ao se descobrir a existência de um planeta anão, ele ganhou o apelido de Xena, enquanto sua lua foi apelidada de Gabrielle. O nome acabou não sendo oficializado.
O sucesso mundial e atemporal da série fez com que, em 2017, a NBC encomendasse o reboot de “Xena, A Princesa Guerreira”. Nesta nova roupagem, a produção mostraria a heroína num tom lúgubre e muito mais melancólico. A atriz Lucy Lawless chegou a ser confirmada para o projeto que não viu a luz do dia, já que a emissora americana cancelou após receber os primeiros roteiros.
Em tempos de milhares de heróis espalhados pela dramaturgia, “Xena” é um ícone pop da geração dos anos 90.
Lucy Lawless
A protagonista se transformou num dos grandes ícones da comunidade lésbica mundial no fim dos anos 90, principalmente por conta da relação dúbia entre ela e sua escudeira, e se tornou uma das maiores apoiadoras da causa LGBT.
Apesar da sua personagem dar indícios de ser lésbica, a artista é casada com o produtor-executivo Robert Tapert, que é seu segundo marido. Seu primeiro casamento foi com um namorado de escola, Garth Lawless. O ex-casal teve uma filha, Daisy Lawless. Com Tapert, Lucy tem dois filhos e ainda sofreu um aborto espontâneo em 2001.
Antes de tudo isso, durante sua adolescência, a atriz sofreu bulimia, conseguindo se livrar desse transtorno alimentar em pouco tempo.
Lucy Lawless também é envolvida em causas ambientais e acabou presa em 2012, após invadir um navio perfurador da Shell. A atriz estava acompanhada de mais seis voluntários do Greenpeace, que ficaram 77 horas na embarcação como protesto na Nova Zelândia.
Todos acabaram indiciados por roubo, mas a organização esclareceu que nada foi roubado ou danificado durante o ato. Em depoimentos na época, Lucy contou que batalhava para salvar o Oceano Ártico.
“Nós vamos continuar a agir em solidariedade às comunidades e espécies que dependem do Ártico até a Shell cancelar seus planos de perfurar esse nosso mundo mágico e utilizar energia limpa e sustentável”, disse à revista US Weekly.
Seu último trabalho como atriz foi no seriado "Ash vs. Evil Dead" (2016), interpretando a personagem Ruby. Ela também é cantora, dubladora e produtora. Atualmente tem 51 anos.