Marcello Escorel fala do reencontro com Murilo Benício em Três Graças: "Bela dupla"

Criada e escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, e com direção artística de Luiz Henrique Rios, Três Graças estreia no horário nobre da Globo em outubro, substituindo Vale Tudo,

Na trama, Santiago Ferette (Murilo Benício) lidera um esquema de falsificação de medicamentos, repassando os verdadeiros para o mercado paralelo enquanto fatura com o desvio de verba pública.

Vicente (Marcello Escorel) é gerente da fábrica onde o vilão produz placebo, medicamento feito de farinha, que são distribuídos aos necessitados. Em conversa exclusiva com o NaTelinha, o ator contou que a relação do personagem com o patrão é de subserviência e inveja.

"Vicente é um solitário, não confia em ninguém. Tem profunda inveja da vida nababesca de Santiago Ferette [Murilo Benício] e, por isso, o odeia do fundo da alma. É dissimulado! Na presença de Ferette se mostra submisso, longe dele imita-o em sua frieza e firmeza".

Marcello Escorel

Antes de Três Graças, Marcello já havia trabalhado com o Aguinaldo Silva em outros dois grandes sucessos do autor: "A Indomada (1997) e Senhora do Destino (2004), também na Globo.

Já a parceria com Murilo Benício será uma novidade. Segundo o ator, os dois se conheceram há muitos anos, em uma oficina de humor na emissora. Então, a novela é como se fosse um reencontro:

"Tivemos poucas cenas até agora, mas tenho a certeza de que faremos uma bela dupla".

Marcello Escorel

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NaTelinha: Como foi receber o convite para Três Graças?

Marcello Escorel: Estava filmando em Cuiabá quando recebi o convite para participar da novela pelo Guilherme Gobbi, produtor de elenco. Eu não sabia se dançava uma jiga, um samba, um maculelê... Era muita alegria! Voltar a trabalhar numa novela de ninguém menos que Aguinaldo Silva, sob a batuta geral do Luiz Henrique Rios, com uma equipe e elenco de encher os olhos de qualquer conhecedor do audiovisual é uma benção, um privilégio em que poucos são agraciados.

NaTelinha: Conte um pouco sobre a expectativa de voltar a trabalhar em uma obra de Aguinaldo Silva, com quem fez A Indomada e Senhora do Destino, e sob a direção do Luiz Henrique Rios.

Marcello Escorel: Mais experiente, mais velho, espero aproveitar até a última gota desta taça da qual já provei. E que o resultado seja inebriante para o nosso público.

NaTelinha: Como descreveria o Vicente? Quais são as principais características dele?

Marcello Escorel: Vicente é um solitário, não confia em ninguém. Tem profunda inveja da vida nababesca de Santiago Ferette [Murilo Benício] e, por isso, o odeia do fundo da alma. É dissimulado! Na presença de Ferette se mostra submisso, longe dele imita-o em sua frieza e firmeza.

NaTelinha: De que forma ele lida com o patrão, Santiago Ferette?

Marcello Escorel: Inveja, subserviência, admiração e ódio.

NaTelinha: Como se preparou para interpretá-lo?

Marcello Escorel: Como é uma obra aberta a melhor forma de me preparar é também estar aberto. Aberto às intuições pessoais, à escuta do outro, às indicações dos diretores. Afinal, estamos percorrendo um território inóspito e não mapeado.

NaTelinha: E como está sendo a troca com o Murilo Benício, com quem mais contracena?

Marcello Escorel: Conheci o Murilo numa oficina de humor na Globo, com o Hamilton Vaz Pereira, há muito tempo. Desde então, eu não tive o prazer de contracenar com ele. Tivemos poucas cenas até agora, mas tenho a certeza de que faremos uma bela dupla.

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NaTelinha: E qual é o maior desafio desse papel na sua carreira?

Marcello Escorel: É o mesmo desafio em qualquer trabalho. Estar a altura da expectativa não só minha (cobrança de virginiano), mas também dos autores, diretores e todos os envolvidos. Estar alinhado com o objetivo de levar ao público uma obra capaz de encantar, fazer pensar e se emocionar.

NaTelinha: Na sua opinião, o que o público pode esperar de Três Graças?

Marcello Escorel: Pode esperar uma novela completa! Com todos os ingredientes necessários para construir uma ponte sólida entre as personagens e o público. Mistério, suspense, amor, traição, humor e tantos rios mais passando sob essa ponte construída por nosso trabalho.