“A Dona” já teve remake no Brasil e versão com Florinda do "Chaves”
Novela é criação da autora de "Maria do Bairro" e "A Usurpadora"
Publicado em 25/05/2019 às 05:59
Com números em ascensão, a reprise de “A Dona”, exibida atualmente no fim do dia e início da noite do SBT teve diversas versões diferentes. Desde sua primeira produção, nos anos 70, a história já foi produzida no Brasil e até ganhou uma versão com Dona Florinda do " Chaves”.
Parece uma falha do texto, mas não é. É que a versão de 1995, produzida pela Televisa no México, foi dirigida por Roberto Gómez Fernández, filho de Roberto Gómez Bolaños, intérprete de Chaves, com Florinda Meza, a inesquecível Dona Florinda.
Ele é diretor desde a década 80 e chegou a produzir para o pai e a mãe no “Programa Chespirito” da Televisa. Como diretor, esteve à frente de 7 novelas, entre os anos de 1985 e 2011, entre elas “La dueña”. Atualmente, ele atua como produtor, que é uma espécie de diretor artístico ou geral, como é dito no Brasil.
Já Florinda Meza teve o papel que, atualmente, é feito por Amora Mautner em “A Dona do Pedaço”, novela das 21h da Globo. Na Televisa, o produtor é o responsável por toda a estrutura do folhetim, além de chegar a dirigir algumas poucas cenas.
Além de ser atriz, a integrante do seriado “Chaves” (1971) Florinda também é cantora, roteirista, diretora, dançarina e produtora. Escreveu e produziu “Milagro y magia” (1991) e Alguna vez tendremos alas (1997). Seu último trabalho neste cargo foi “Mulheres Assassinas” (2010) e ela volta a exercer a função em 2019 com a trama “Dulce Família”.
E a “versão Chaves” de “A Dona” já foi um remake. Ela foi baseada no título homônimo que foi produzido na Venezuela em 1972 e que foi escrita por Inés Rodena (“A Usurpadora” e “Maria do Bairro”).
A história atingiu tamanho sucesso que garantiu, inclusive, uma versão no Brasil com o título de “Amor e Ódio”, que foi produzido pelo SBT, com texto adaptado por Henrique Zambelli e direção geral de Henrique Martins. No total, a história criada por Inés Rodena conta com cinco versões, sendo duas na Venezuela e duas no México, além da brasileira.
A trama dirigida pelo filho de Bolaños recebeu dez indicações ao TVyNovelas, um dos principais prêmios da dramaturgia mexicana nos anos 90, tendo vencido em quatro categorias. Além disso, a intérprete de Dona Florinda foi a responsável por transformar Daniela Luján (“Luz Clarita”, “O Diário de Daniela”) em atriz. A pequena, então com 07 anos, participou da trama dando vida à protagonista Regina Villareal na primeira fase.
“A Dona” que vai ao ar todos os dias no SBT é a versão de 2010 da produção e que já foi exibida no canal de Silvio Santos em 2015. Naquela ocasião, a trama terminou com média de 7,17 na grande São Paulo, segundo dados da Kantar Ibope. Com 40 capítulos exibidos até o momento, a reprise tem média de 6,85 pontos.
A “versão Chaves”, embora tenha inspirado a produção de “Amor e Ódio”, nunca foi exibida pelo SBT que, detentora de tantos títulos mexicanos exibidos no Brasil, talvez tenha esquecido dessa obra sem querer querendo.