Alcoolismo

Carolina Dieckmann detalha sofrimento da mãe com o álcool: “Marca muito grande”

A atriz relembrou o impacto profundo dessa vivência em sua adolescência e como isso moldou sua visão sobre a doença


Carolina Dieckmann
Carolina Dieckmann falou sobre alcoolismo - Foto: Reprodução

Carolina Dieckmann, de 45 anos, compartilhou detalhes de sua experiência pessoal ao abordar o tema do alcoolismo no filme (Des)controle, no qual interpreta uma escritora bem-sucedida que enfrenta a dependência do álcool. A atriz revelou que sempre teve interesse em trabalhar com esse tema devido à sua vivência familiar, especialmente envolvendo a luta de sua mãe contra o alcoolismo.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Carolina falou sobre a experiência da mãe, Maíra, que enfrentou o alcoolismo após a separação e conseguiu superar o vício, embora tenha retomado o consumo de forma social.

A atriz relembrou o impacto profundo dessa vivência em sua adolescência e como isso moldou sua visão sobre o álcool e sua própria trajetória.

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Ela contou que começou a beber socialmente apenas aos 30 anos, influenciada pelo histórico familiar e pela compreensão dos efeitos do álcool em sua vida.

"Minha mãe, durante alguns anos, bebeu bastante. Tenho essa lembrança dela se anestesiando mesmo", recordou. Segundo a atriz, a situação ocorreu em um momento delicado, tanto para sua mãe quanto para ela.

"O álcool deixou uma marca muito grande na minha vida. Num momento muito importante na minha relação com minha mãe. Na tristeza que eu vi, de ela não dar conta e precisar se anestesiar de alguma maneira", explicou.

Carolina também relatou como a luta da mãe influenciou seu crescimento. "Era uma dor, né? Ver a mãe sofrendo é uma coisa muito, muito forte. Estava ali, me tornando mulher, com 13, 14 anos, começando a trabalhar, a me entender nesse mundo feminino e vendo a minha mãe sofrer de amor, bebendo. Isso me marcou profundamente", completou.

Carolina Dieckmann demonstrou carinho pela mãe

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Apesar dos desafios, ela destacou a força da relação entre mãe e filha e a confiança mútua. "Quando comecei a trabalhar, lembro da minha mãe falando assim para mim: 'Filha, você vai entrar num mundo de adulto, você não é adulto ainda, e se eu sentir que você, de alguma maneira, está escorregando, não vou deixar mais você trabalhar, porque eu estou confiando em você'. Isso me deu um passaporte de responsabilidade", concluiu.

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