Quem é P. Diddy, rapper envolvido no maior escândalo da música americana

Preso em 16 de setembro acusado de abusar, ameaçar, coagir, drogar e filmar mulheres e homens durante atos sexuais - ora com ele, ora com terceiros -, o cantor Sean Diddy Combs, de 54 anos, também conhecido como Puff Daddy, P. Diddy e Love, se tornou objeto de curiosidade nos últimos dias.

O rapper foi detido em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações - há, inclusive, acusações por parte da ex-namorada, Cassie Ventura, que diz que foi drogada e obrigada a manter relações com outros homens enquanto era filmada pelo músico. Em um vídeo que vazou, ela aparece correndo nos corredores de um hotel enquanto é perseguida pelo ex. Além disso tudo, Diddy teve o nome ligado ao tráfico sexual.

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Pai de Quincy, Justin, Christian, Chance, D'Lila, Jessie e Love Sean, frutos dos relacionamentos com Kim Porter, Misa Hylton, Sarah Chapman e Dana Tran, Love é considerado um dos responsáveis por tornar o hip-hop um gênero popular em todo mundo.

Em 1997, ele faturou o Grammy de melhor álbum de rap com No Way Out, o que lhe rendeu muito dinheiro. Diddy, então, acabou aplicando alguns milhões de dólares nos setores de bebidas alcoólicas e moda. Diante do boom, passou a atuar como produtor de vários artistas. 

Com alguns desses famosos, o rapper mantém uma relação estreita, a exemplo de Jay-Z, Ashton Kutcher e Justin Bieber. P. Diddy também foi acusado de ser infiel por uma de suas ex-namoradas mais famosas, a cantora e atriz Jennifer Lopez.

Em 2019, ao comemorar seus 50 anos, o cantor reuniu uma badalada lista de convidados: Beyoncé, Jay-Z, Kanye West, Kim Kardashian, Leonardo DiCaprio, Pharrell, Jimmy Iovine, Naomi Osaka, Cardi B, Offset, Lizzo, Janelle Monáe, Nelly, Kate Beckinsale, Snoop Dogg, Ted Sarandos, Queen Latifah, Post Malone, Regina King, Lauren London, Jaden Smith e Jack Dorsey.

Ao jornal The New York Times, o promotor do caso, Damian Williams, acusou Diddy de violentar as mulheres e obrigá-las a ter longas relações sexuais, sob efeitos de drogas e cetamina, registrando tudo para seu prazer sádico. "Quando não conseguia o que queria, era violento, chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos", afirmou. O músico, que segue preso e sem previsão de julgamento, nega todas as acusações.

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P. Diddy está envolvido em várias denúncias e polêmicas

Além do caso de Cassie Ventura, Sean Diddy Combs é acusado por um presidiário do Michigan, Derrick Lee Smith, de drogá-lo e abusá-lo sexualmente em uma festa há 30 anos. A suposta vítima processou o rapper e o venceu na Justiça, após o cantor não comparecer à audiência.

Na sequência, outras supostas vítimas fizeram acusações parecidas. Uma mulher disse que Diddy a estuprou duas décadas atrás, quando ela tinha 17 anos. Em fevereiro deste ano, um produtor musical entrou com uma ação alegando que o rapper o coagiu a contratar mulheres e o pressionou a praticar sexo com elas.

Já a modelo Crystal McKinney entrou com um processo contra o cantor. Segundo o site TMZ, ela afirmou que foi drogada e sexualmente agredida em 2003 por Love após um evento da Semana de Moda Masculina de Nova York. 

Como polêmica pouca é bobagem, o prefeito de NY, Eric Adams, exigiu que o astro devolvesse a chave da cidade que o entregou em setembro de 2023. Em paralelo a isso, a Universidade Howard, onde Diddy estudou, cancelou o título honorário concedido ao artista, retirou seu nome de um programa de bolsas de estudo e rejeitou uma doação de US$ 1 milhão feita pelo ex-aluno.

Marc Agnifilo, advogado do músico, nega todas as acusações. O próprio Diddy, inclusive, rebateu em dezembro passado nas redes sociais as declarações de Cassie Ventura. "Alegações repugnantes foram feitas contra mim por indivíduos que buscam um dinheiro rápido. Deixe-me ser absolutamente claro: eu não fiz nenhuma das coisas horríveis que estão sendo alegadas. Eu lutarei pelo meu nome, pela minha família e pela verdade", disparou.