Caso Klara Castanho: Antonia Fontenelle é condenada a prisão
Antonia Fontenelle foi processada e condenada após expor a gravidez de Klara Castanho
Publicado em 31/08/2024 às 17:20
A youtuber e influenciadora Antonia Fontenelle foi condenada a três anos e três meses de prisão em regime semiaberto por expor a gravidez da atriz Klara Castanho. A decisão foi divulgada recentemente e gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia. Entenda os detalhes deste caso que chocou o Brasil.
Em 2022, Klara Castanho, então com 21 anos, foi forçada a revelar publicamente que havia sido vítima de um estupro, após influenciadoras e o jornalista Leo Dias tornarem pública sua gravidez e a posterior doação do bebê para adoção. A exposição, considerada um grave ataque à privacidade da atriz, resultou em uma série de processos judiciais.
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Fontenelle foi condenada pelo crime de difamação, agravado pelo fato de já possuir outras condenações por "delitos contra a honra". A juíza responsável pela sentença citou o desvio de caráter da influenciadora como um dos motivos para a aplicação de uma pena mais rigorosa, afastando a possibilidade de regime aberto.
Além de Fontenelle, Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz, também foi condenada por sua participação na exposição do caso. Diferentemente de Fontenelle, Dri Paz recebeu uma pena mais branda de um ano e seis meses em regime aberto, devendo cumprir serviços comunitários e pagar uma indenização de dez salários-mínimos à Klara Castanho.
Este não é o primeiro embate judicial entre Klara Castanho e Antonia Fontenelle. Em 2023, a atriz já havia conseguido uma vitória na Justiça, com uma indenização de R$ 50 mil por danos morais. O caso foi amplamente divulgado na mídia, reacendendo o debate sobre privacidade e ética nas redes sociais.
Em agosto de 2024, Dri Paz também foi condenada em primeira instância a pagar R$ 70,6 mil à atriz, por tê-la exposto em um momento de extrema fragilidade.
Ambas as influenciadoras podem recorrer da decisão, e até o momento, nenhuma delas se manifestou publicamente sobre as condenações. A sentença, no entanto, já é vista como um marco importante na luta pela preservação da privacidade em tempos de intensa exposição digital.
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