Luto

Morre João Gilberto, o pai da bossa nova, aos 88 anos


João Gilberto cantando
Divulgação

João Gilberto, cantor e compositor considerado um dos pais da bossa nova, morreu neste sábado (06), aos 88 anos.

A causa da morte não foi revelada, mas a informação foi confirmada por familiares do músico, como o filho Marcelo e a neta Sofia.

Nas redes sociais, ela escreveu: "Meu vovô foi o vovô mais amoroso e carinhoso que eu podia ter tido. Pedia pra eu ir pra lá todos os dias e quando estava tarde da noite e já estava na hora de eu ir embora, depois de eu já ter passado o dia todo com ele, falava: - mas já vai? Dorme aqui!".

E completou: "Comia pra ficar forte pra brincar comigo. Me dizia sempre que eu era grande e que todo mundo ia gostar de mim. Foi carinhoso não só comigo, mas com meu pai e minhas irmãs, pedia sempre pra Alice ir comigo e adorava ficar de mãos dadas com ela conversando. Amo ele demais e vai estar sempre no meu coração e na minha vida".

João Gilberto deixa três filhos, Bebel, Marcelo e Luisa.

No Facebok, Marcelo se despediu: "Meu pai morreu. Sua luta foi nobre, ele tentou manter sua dignidade ao perder sua soberania. Gostaria de agradecer a Maria do Ceu por estar a seu lado no final. Ela foi sua verdadeira amiga e companheira".

Recluso há décadas, sem conceder entrevistas ou receber pessoas em casa, exceto familiares, João Gilberto foi interditado judicialmente pela filha Bebel em 2017.

A motivação foi pela idade avançada do pai e sua precária situação financeira, chegando a ser despejado do apartamento em que vivia no Leblon, Zona Sul do Rio, por dever anos de aluguel.

João Gilberto é chamado de o pai da bossa por concluir, em 1961, a trilogia de álbuns que apresentaram a bossa nova ao mundo: "Chega de saudade" (1959), "O amor, o sorriso e a flor" (1960) e "João Gilberto" (1961).

Morre João Gilberto, o pai da bossa nova, aos 88 anos
Foto: Sofia Gilberto/Facebook

Depois, lançou criações próprias e seguiu com shows e discos que fizeram sucesso no mundo todo, como "Amoroso", gravado nos Estados Unidos entre 1976 e 1977.

Morou em Nova York por vários anos, até retornar ao Brasil em 1980. 

Seus últimos álbuns foram "João, Voz e Violão" (2000), que ganhou o Grammy na categoria Best World Music Álbum, e o CD "João Gilberto in Tokyo" (2004).

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