Opinião

Retorno da Porta dos Desesperados expõe um SBT apressado e saudosista

Programa de Sergio Mallandro contou com uma edição relâmpago


Porta dos Desesperados
Porta dos Desesperados ganhou releitura em meio aos 44 anos do SBT - Foto: Lourival Ribeiro/SBT

Escorado em seu aniversário de 44 anos, comemorado no último dia 19 de agosto, o SBT colocou no ar nesta segunda-feira (25) uma "edição especial" da Porta dos Desesperados. A julgar pela estreia, Sergio Mallandro tem uma batata quente nas mãos.

Criada como um quadro do icônico Oradukapeta (1987-1990), a Porta dos Desesperados ganhou uma releitura bem saudosista, marca registrada da gestão Rinaldi Faria - Aqui Agora, SBT Repórter e Jornal do SBT partem da mesma estratégia.

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Curta, com um intervalo no meio, o que quebrou o clima da estreia, a atração teve um lançamento apressado e que deve impactar em sua existência. Não é tarefa das mais fáceis suceder A Caverna Encantada na grade. Por aí, é possível concluir o óbvio: não custava nada esperar mais duas semanas para lançar o programa. A novelinha infantil é uma bola de ferro que nem Chaves deu conta.

Para a primeira edição, a impressão, mais uma vez, é de que tudo foi decidido, aprovado e feito aos 45 minutos do segundo tempo. Passou um ar de piloto, que são aqueles testes gravados para avaliação.

Esperar que "monstros" assustem adultos ao saltarem porta afora é um tanto quanto inocente por parte da direção da emissora. Vale lembrar que a versão original, nos anos 90, carregava todo um contexto e público alvo definidos: crianças e adolescentes.

O ponto alto da estreia foi a plateia da Porta dos Desesperados. Os queridos sbtistas vestiram a camisa e deram conta do recado. Digno de uma fuga em massa do CAPS.

SBT erra na estratégia

Retorno da Porta dos Desesperados expõe um SBT apressado e saudosista

O retorno da Porta dos Desesperados, ainda que em "edição especial" - a desculpa perfeita para cancelar programas que não entregam o esperado -, deveria ter sido melhor construído pela direção do SBT.

Aos sábados, com mais recursos, estrutura e divulgação - quem sabe até colada no Cinema em Casa -, talvez surtisse o efeito desejado. Por ora, no entanto, o programa peca pela visão presa ao passado, algo que tem afetado toda a grade. 

Mais do que entender o seu DNA, o SBT precisa aceitar que o tempo passou pra todo mundo.

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