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Diretora adianta detalhes do MasterChef Confeitaria e promete a mais difícil das temporadas

Em conversa com o NaTelinha, Marisa Mestiço também fala do novo jurado e dos participantes

A diretora do MasterChef Confeitaria, Marisa Mestiço, ao lado da apresentadora Ana Paula Padrão - Foto: Marcelinho Santos/Band
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 19/11/2024 às 06:11:00,
atualizado em 19/11/2024 às 09:53:19

Estreia da Band nesta terça-feira (19), às 22h30 - dessa vez, o programa também será exibido às quintas-feiras, no mesmo horário -, o MasterChef Confeitaria promete algumas novidades e dinâmicas diferentes na mais doce das temporadas até aqui.

Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, a diretora do programa, Marisa Mestiço, adiantou algumas surpresas e revelou suas expectativas para a edição. "Todo ano tento trazer um formato especial para este lugar que está recebendo o Confeitaria. Foi assim com o 60+, foi assim ao revisitar o MasterChef Júnior e com a chegada do Profissionais. Ou seja, sempre temos o olhar de que a edição especial vai experimentar algo que os outros países estão fazendo e o Confeitaria tem uma história interessante", comenta.

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"Estava no Exchange MasterChef, em Lisboa, há quase dois anos e vi no clipe de apresentação do MasterChef Austrália o MasterChef Confeitaria. Fiquei apaixonada. Desde então, venho trabalhando para que isso se tornasse realidade", revela Marisa.

"Somos o segundo país no mundo a fazer o MasterChef Confeitaria. O pessoal da Banijay e da Endemol Internacional está muito empolgado com o Brasil. Recebemos até o consultor. Fazia tempo que não recebíamos um consultor internacional para acompanhar a implementação de um formato", vibra.

"Fiquei muito feliz, confesso, porque acho que é uma celebração para o público. Todo mundo que gosta de MasterChef espera que a gente traga algo novo. Quando vi esse formato pensei: 'Nós, brasileiros, amamos confeitaria'. No MasterChef, já venho trazendo confeitaria de uma maneira mais complexa há anos. Nossos participantes, sejam de cozinha quente, amadores ou profissionais, têm dificuldade em ter isso como uma premissa importante. Só quem realmente gosta muito de confeitaria se sai bem. Então, é muito legal dar espaço para esses profissionais. É uma forma acertada de presentear o público com um formato que adoramos ver, que buscamos na internet e que, dentro do programa, tem tantos dramas", opina a diretora.

"A primeira coisa que vai impactar quem assistir é perceber o quanto um doce, seja em uma confeitaria, padaria ou restaurante, é difícil de fazer. Isso ficou mais claro para mim. Vamos passar a ter muito mais respeito por quem cria cada uma dessas delícias que completam um café da tarde, um almoço ou um jantar. Posso adiantar que essa nova edição será uma aventura linda, onde vamos descobrir que a confeitaria é um mundo à parte", promete Marisa Mestiço.

E para aquele fã raiz, um aviso: as provas estarão ainda mais difíceis. "Passei dois anos me preparando para produzir, estudar e me estruturar para fazer confeitaria no MasterChef, que é um formato muito específico. Não é só um programa de confeitaria comum, é uma franquia com regras próprias, onde conhecemos muito bem essa cozinha. Durante esses dois anos, minha equipe e eu estudamos como fazer isso e decidi que a primeira temporada deveria quebrar qualquer expectativa de fácil ou previsível. Então, trouxemos provas extremamente difíceis até mesmo para profissionais", admitiu.

"Colocamos os competidores em situações desafiadoras, fazendo com que eles explorassem técnicas muito específicas da modalidade, exigindo habilidades que, muitas vezes, eles nem sempre utilizam no dia a dia ou no tipo de confeitaria em que trabalham. Foi um grande desafio, feito por pessoas incríveis, mas não facilitamos em nada - nem para eles, nem para a produção. Minha equipe enlouqueceu porque eu pedi coisas que nem eles sabiam como iríamos produzir e estruturar para as provas", brinca.

"Foi bom ter esses dois anos para conseguir estruturar essa escalada e chegar ao programa que vai estrear nesta terça-feira, 19 de novembro. Espero que o resultado seja tão cativante e empolgante para o público quanto foi para nós. É uma jornada incrível, inesquecível e muito, muito legal", fala Marisa.

Além de Erick Jacquin, Helena Rizzo e Henrique Fogaça, o MasterChef Confeitaria também contará com um quarto jurado fixo, Diego Lozano. "Uma das premissas do formato é ter um chef confeiteiro e o Diego vem para contribuir muito. Ele é uma autoridade em confeitaria. Aqui no Brasil, temos três pessoas que trabalham bastante com essa diversidade na gastronomia: o Jacquin e a Helena, por exemplo, têm uma relação forte com panificação, além de uma cafeteria, o que traz essa fluidez da confeitaria no método de trabalho deles como cozinheiros. Mas, obviamente, o Diego é quem dita o que o mercado está fazendo agora e como vamos pensar e repensar o futuro da confeitaria, que é um dos princípios do MasterChef", explica.

"O programa sempre teve um papel meio disruptivo na gastronomia, focando em áreas que, dentro de uma consciência de trabalho, nem sempre eram exploradas. O Diego vem nos mostrar como o mercado de confeitaria funciona, quais são as tendências e, principalmente, como vamos falar sobre o nosso DNA na confeitaria brasileira", conta Mestiço.

"Somos um povo que gosta muito de açúcar, mas doce não precisa, necessariamente, ter o açúcar em destaque. Há outros ingredientes incríveis que podemos explorar. Vamos apresentar isso e subverter essa ideia de que confeitaria é só colocar açúcar em um prato. O Diego chega com esse conhecimento de normas, métodos e procedimentos, trazendo influências de outros mercados e territórios. Ele não só trabalha conosco no programa, mas também dá apoio off-câmera, direcionando como devemos estruturar as coisas", adianta.

"Encaro a chegada dele ao nosso time de fantásticos - como eu chamo o elenco - de uma maneira muito agregadora. Brinco que a família MasterChef está crescendo. Estou muito apaixonada pelo trabalho do Diego e acho que o Brasil também vai se apaixonar por ele", elogia a diretora.

"Queria ressaltar o quanto estou empolgada e o quanto isso aumentou meu respeito, não só pelo Diego, que já é um destaque na área, mas também pelos confeiteiros em geral. Na minha realidade do MasterChef, a confeitaria era algo pontual dentro de uma cozinha focada em pratos quentes. Agora, com esse protagonismo dado ao setor, passei a olhar para esses profissionais de uma maneira completamente diferente", comemora.

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Diretora do MasterChef Confeitaria fala sobre perfil dos participantes

Na conversa com o NaTelinha, Marisa Mestiço também falou do perfil dos participantes. "Todos são profissionais da pâtisserie. Confeitaria profissional não é apenas para quem entende do assunto. Temos participantes que possuem suas próprias confeitarias, mas todos são confeiteiros profissionais. Esse formato é dedicado não ao empreendedor, mas sim ao profissional de mercado. Isso traz uma mudança significativa em relação a outros programas que vemos na TV, por isso imaginei que os desafios deveriam tirá-los do eixo comum, do lugar usual de desenvolvimento profissional e de receitas", explica.

"O Diego Lozano é um profissional admirado por todos esses confeiteiros e conseguimos formar um time muito interessante para a primeira temporada, mantendo tudo o que o talent show sempre valoriza: a diversidade, a brasilidade, pessoas com carreiras internacionais, vindas de lugares muito distintos, e com uma energia jovial. A maioria está entre 30 e 40 anos, trazendo a força de uma nova geração de profissionais do mercado e também a postura de jogadores, porque não podemos esquecer disso", comenta.

"O MasterChef, independentemente do formato - seja amador, júnior, profissional, 60+ ou confeitaria -, é um lugar onde todos entendem que precisam mostrar o seu talento e também se testar na disputa. Esse equilíbrio é o que torna o programa tão interessante. E o de confeitaria, além de interessante, tem um apelo visual que encanta. Às vezes, parece que algo não vai dar certo e, de repente, nos surpreendemos com uma criação incrível", observa a diretora.

Por fim, Marisa diz o que o público pode esperar dessa nova temporada. "Acredito que já havia um desejo de estarmos mais próximos entre um episódio e outro, e surgiu essa oportunidade na grade para experimentarmos com a confeitaria. Esse formato mais curto, quase um 'tiro rápido', com apenas cinco semanas, vai nos permitir explorar um pouco desse universo paralelo da pâtisserie, com a cara e a assinatura do MasterChef. Temos um elenco incrível, além da chegada do Diego Lozano, que é simplesmente uma pessoa maravilhosa. Quem embarcar nessa aventura conosco vai se divertir, se emocionar e se surpreender", afirma.

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"Depois do programa, eu mesma montei um kit de confeitaria, comprei algumas coisas e comecei a experimentar. Desde montagem de bolo e decoração até trabalhar com chocolate. Ou seja, se eu, que sou amadora, que participei do programa e conheço tudo sobre ele, fiquei empolgada para desenvolver habilidades na confeitaria, imagino que muitas pessoas que empreendem na gastronomia ou estão começando vão ver isso como uma oportunidade de melhorar sua dinâmica e olhar de maneira diferente para o que produzem. Será muito estimulante para quem trabalha com gastronomia de forma geral", confidencia Marisa.

"Os jurados também se surpreenderam. O Jacquin, por exemplo, disse que quer aprender a mexer com chocolate. Eu fiz uma aula de entremets com o Diego só para entender a complexidade de fazer aquele bolinho que parece simples, mas não é. São quatro horas de preparo intenso, com muita medida e precisão", brinca.

"Todo mundo vai acompanhar uma jornada muito bonita, com a cara do MasterChef. Fizemos uma prova imitando objetos que, na verdade, são comestíveis, brincando com esses temas que estão em alta nas redes sociais, onde as pessoas tentam replicar essas ideias. Então, trazemos um pezinho na atualidade, mas também resgatamos a origem, a estrutura e a essência da confeitaria, mostrando o protagonismo dessa arte no Brasil", concluiu a diretora.

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