Após remakes, Bruno Luperi aguarda promessa da Globo para emplacar O Arroz de Palma
Neto de Benedito Ruy Barbosa não tem mais contrato de exclusividade com o plim plim
Publicado em 11/11/2024 às 09:00,
atualizado em 11/11/2024 às 10:12
Coautor de Velho Chico (2016) e autor dos remakes de Pantanal (2022) e Renascer (2024), Bruno Luperi aguarda há quase uma década uma promessa da Globo para emplacar O Arroz de Palma. A depender do planejamento da emissora, no entanto, o dramaturgo vai ter quer esperar mais um tanto.
Sem contrato com o plim plim, o neto de Benedito Ruy Barbosa ainda nutre a esperança de a novela sair do papel - a produção é baseada no livro homônimo de Francisco Azevedo, um best-seller disponível em 13 idiomas.
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A Globo adquiriu os direitos do romance no início de 2017 e, desde então, já ameaçou tirar a trama do papel em duas ocasiões: em 2019, quando o folhetim acabou preterido por Órfãos da Terra; e em 2023, quando cedeu lugar na faixa das 18h para Amor Perfeito.
No ano passado, a emissora usou como justificada para o adiamento a releitura de Renascer, uma obra afetiva para Bruno. Ao fim da história de José Inocêncio (Marcos Palmeira), porém, nada mais foi falado sobre a aprovação do projeto.
Luperi, a exemplo de outros colegas, como Gustavo Reiz, não tem mais contrato de exclusividade com a casa, ou seja, para emplacar O Arroz de Palma ao lado da mãe, Edmara Barbosa, ele terá que assinar um novo acordo.
Pela ordem, Garota do Momento dará lugar a Êta Mundo Melhor em junho de 2025. Na sequência, a partir de janeiro de 2026, a Globo trabalha com uma história do trio Duca Rachid, Júlio Fischer e Elísio Lopes Jr.
Há ainda projetos sendo desenvolvidos por autores recém-saídos de uma oficina, como Renata Corrêa (Rensga Hits!), Carla Faour e Julia Spadaccini (Segunda Chamada), Martha Mendonça e Nelito Fernandes (Filhas de Eva) e Jaqueline Souza e Renata Martins (Histórias Impossíveis). Mário Teixeira, de férias após o sucesso de No Rancho Fundo, não deve demorar a voltar ao ar. O escritor está em alta com a direção do canal.
O Arroz de Palma é novela com cara de novela
De acordo com a sinopse do livro de Francisco Azevedo, O Arroz de Palma fala de família. O cozinheiro Antonio, já com 88 anos, prepara um grande almoço para comemorar os cem anos do casamento de seus pais. Os irmãos, octogenários como ele, e todos os seus descendentes comparecem à celebração. O enredo avança em forma de lembranças da família.
Em clima de realismo fantástico, o fio condutor é o arroz jogado no casamento dos patriarcas, quando a trama tem início, em 11 de julho de 1908, em Viana do Castelo, Norte de Portugal, no casamento de José Custódio e Maria Romana. Terminada a cerimônia, o arroz que desaba sobre os noivos é torrencial, formando uma chuva branca que não para.
O cortejo segue em festa pelo vilarejo, mas a romântica Palma permanece ali, feliz com todo aquele arroz espalhado pelo pátio da igreja. Muito pobre, ela havia decidido, com entusiasmo, que aquele seria o seu presente de casamento para o irmão e a cunhada. Infelizmente, o arroz, dado com tanto amor, resulta na primeira briga do casal. A partir daí, por quatro gerações, todas as disputas, os conflitos, os dramas e as alegrias da família giram em torno do arroz.
O Arroz de Palma fala das raízes do imigrante lusitano. Da gente simples, honesta e trabalhadora que veio em busca de uma vida melhor em terras brasileiras, cheia de sonhos e projetos e que, estabelecida nesse solo, com muita luta e espírito de superação, aprofundou raízes, cresceu e deu frutos.