Todo-poderoso da Globo quebra o silêncio sobre polêmica de beijo gay em Vai na Fé

À frente dos Estúdios Globo, TV Globo e Afiliadas desde a saída de Ricardo Waddington em 1º de junho, Amauri Soares assumiu a posição e em pouco tempo já teve que administrar pequenas crises, como a suposta censura a um beijo lésbico na novela Vai na Fé.

Em entrevista concedida a Guilherme Ravache, no Valor Econômico desta sexta-feira (30), ele se justificou e afirmou que não houve veto. "Eu acho que aconteceu dos muros da TV para fora. Eu estou aqui faz um mês, não baixei nenhuma medida de caráter editorial, artístico, de proibição de assunto. Nunca baixei e jamais baixarei, não é assim que a gente trabalha", garantiu.

Soares exemplificou trazendo o Big Brother Brasil à tona. "Nas últimas temporadas, os temas sensíveis da sociedade estiveram muito presentes. Racismo, preconceito de gênero, relacionamentos abusivos, preconceito religioso e todos os temas foram tratados de forma transparente, didática até."

"Não há nenhum tema que não possa ser abordado e alguns temas devem ser tratados a fim de que possamos vencer preconceitos. Abordar os temas de forma adequada faz parte da nossa missão como comunicadores."

continua depois da publicidade

Amauri Soares

+ Luciana Gimenez aparece nua e dispara: "Chega"

+ Vai na Fé: Carlão pode ter deixado a família milionária

VEJA TAMBÉM

• Polêmica

  Telejornal da Globo diz que nazismo não é de extrema-direita; trecho é cortado no Globoplay
• Exclusivo

  Só com ESPN, Disney cobra caro para operadoras e gera reclamações e medo de apagão
• Entrevista exclusiva

  Cauê Campos, o Basílio de Garota do Momento: "Pela 1ª vez estou sendo visto como adulto"
• Acidente

  Roberto Carlos inventou o próprio especial na Globo

A volta do humor na Globo

Um dos temas tratados durante a entrevista foi a volta do Núcleo de Humor na líder de audiência. "A Globo, historicamente, teve produção de humor. A gente é capaz de contar a história da Globo aqui nesses anos todos falando dos produtos de humor ano a ano, por 60 anos."

"A história da televisão é marcada por isso. Nós não tínhamos uma direção de gênero de humor. A gente tinha um núcleo de humor dentro do gênero de dramaturgia. Era o Silvio de Abreu o diretor de gênero, e o Marcius Melhem estava lá."

O executivo reconheceu que a saída de Melhem abalou o núcleo. "Não posso negar que esse episódio gerou uma interrupção, um gap no nosso pipeline de sugestões e desenvolvimento de projetos. E perdemos um tempo precioso no andamento desses projetos."

Amauri reforçou a importância do humor para o Grupo Globo e convidou Patrícia Pedro para tocar essa parte e adiantou que ela será a pessoa responsável por ter projetos, propostas de humor em todas as frentes e em todas as plataformas.