Publicado em 11/09/2021 às 07:04:00
Há 20 anos, ocorria um dos atentados terroristas mais chocantes da história. Em 11 de setembro de 2001, dois aviões se chocaram contra as torres gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Mas como foi a cobertura na TV aberta?
A Globo deu o primeiro plantão com Carlos Nascimento às 9h45, e um fato há que ser constatado mais uma vez: não houve interrupção nenhuma ao desenho Dragon Ball Z, febre há duas décadas entre a garotada. A líder de audiência informou rapidamente que um avião se chocado contra O WTC e ficou por cerca de 5 minutos no ar, mas não demorou muito para que a cobertura voltasse em definitivo, por volta das 10h.
A partir daí, a Globo seguiu com os trabalhos até às 14h, quando passou a exibir flashes ao vivo. Entre 12h e 13h30, a emissora carioca cravou 32 pontos de audiência, quando registrava cerca de 12 pontos no horário na Grande São Paulo. Era ela a grande fonte de informação dos brasileiros por quatro horas.
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O SBT, seguindo sua tradição de ser contra-programação, optou apenas por exibir flashes ao vivo e não interromper a grade. Nem por isso sua audiência não subiu. Distante dos 32 da Globo, a emissora de Silvio Santos chegava a 12 pontos em um horário que dava costumeiramente cerca de 9, segundo o Jornal do Brasil.
A Record também cresceu, mas ainda não era conhecida pelas grandes coberturas jornalísticas como após 2006. Na época, viu seus números subirem de 2 para 5, com os jornalistas José Luiz Datena, Mônica Waldwogel e Rodolfo Gamberini no estúdio. Ela derrubou não só a programação, mas também todos os intervalos comerciais e levou ao ar cenas captadas pela CNN e agência Reuters. Entre 16h25 e 17h25, conseguiu pico de 9, ultrapassando o SBT.
A Band manteve seus programas normalmente, mas transformou o assunto do 11 de setembro em pauta em todas as atrações, assim como a RedeTV!. As duas apostaram em videntes para falar sobre o caso, e a Record, em dado momento, nadou de braçada na cobertura.
Ela, que reunia um timaço ao vivo no estúdio, ficou por sete horas ininterruptas, entre 10h10 e 17h30. A média no período foi de 14 pontos de média e pico de 21, segundo o jornal O Globo.
O Jornal Nacional, no entanto, era o produto mais aguardado pelos telespectadores pontualmente às 20h15. A edição cravou 52 pontos de média, 60 de pico e 45% de share. O Jornal da Band especial, com uma hora de duração, também não fez feio e atingiu 10 pontos, quando registrava cerca de 3.
Entre 9h30 e 16h40, 45,2% das casas estavam com a TV ligada na Grande São Paulo. A média, de acordo com O Estado de São Paulo, era de 39%. Ainda que o 11 de setembro fosse uma tragédia de grande proporções, não gerou o mesmo interesse nos brasileiros que o sequestro de Silvio Santos, semanas antes.
Como efeito de comparação, às 12h do dia que o comunicador foi feito de refém, havia 56% dos aparelhos ligados na capital paulista, enquanto no mesmo horário, no atentado às torres gêmeas, 46,4% estavam sintonizados.
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