Publicado em 13/12/2019 às 04:59:30
Nos tempos atuais, grupos minoritários ganharam enorme voz e estão apontando situações que são caracterizadas como agressivas, preconceituosas e/ou discriminatórias. Empresas estão tomando cuidado em suas propagandas, mas elas já enfrentaram grandes represálias e críticas no passado.
O NaTelinha resolveu mostrar oito comerciais que foram proibidos ou não poderiam ser levados ao ar nos dias de hoje.
Confira:
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Copa do Mundo de 2010 e uma marca de cerveja resolveu entrar no clima da principal competição de futebol do mundo. O Brasil tem como seu principal rival a Argentina e a empresa decidiu acender a chama dessa disputa.
O problema que a propaganda Latinhas Falantes - Hermanos dos 30 irritou três argentinos que moravam no Brasil e eles pediram indenização por danos morais, já que uma das latinhas falava a palavra “maricón”.
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) suspendeu o comercial, mas os hermanos não ganharam a batalha judicial. É muito provável que a propaganda não fosse desenvolvida pro dias atuais, principalmente com o debate sobre xenofobia que atingiu todo o país.
A palavra homofobia ainda não havia se popularizado, mas já ganhava as rodas de conversas das famílias brasileiras. Uma marca de cerveja foi acusada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) de discriminar travestis.
“Para entender nosso posicionamento, bastaria ridicularizar a personagem do comercial por causa da cor de sua pele ou por causa de sua raça, para perceber que o conteúdo é discriminatório”, declarou a associação.
Na peça publicitária, um homem se interessa por uma mulher, mas descobre que ela é uma travesti. Quando percebe que se enganou, o rapaz vira alvo de zombaria dos colegas e a narração em off acontece numa linguagem de literatura de cordel.
“Não houve intenção de ofender ou discriminar qualquer pessoa”, afirmou a empresa que retirou o comercial do ar.
Os anos de 1990, a TV brasileira apostava muito na programação infantil e as empresas faziam a festa para que crianças se interessassem pelos seus produtos. Uma das propagandas mais famosas é o da Tesoura Mundial, produzida em 1992, que buscava despertar a inveja entre as crianças.
“Eu tenho, você não tem”, lembra desta frase? Pois é, hoje essa peça publicitária não poderia ser levada ao ar, pois existe uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que considera abusivo a publicidade voltada para criança.
São considerados abusivos os anúncios que com linguagem infantil, trilhas sonoras de músicas infantis, desenho animado, promoção de distribuição de prêmios, entre outros aspectos.
Uma criança, um pedaço de chocolate pendurado numa corda e um truque de hipnose. Pode parecer uma propaganda inocente, mas quando o menino começa a falar “compre batom”, é uma clara tentativa de chamar atenção de crianças.
Essa propaganda não poderia ir ao ar nos tempos atuais, por conta da resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que foi explicado no tópico acima e, caso não existisse uma regulamentação, ONG’s que defendem os direitos das crianças e adolescentes iriam protestar.
Vale destacar que o comercial foi ao ar em diversos canais de TV aberta em 1992.
Mulheres bonitas são figurinhas marcadas em comerciais de cerveja. Houve uma propaganda em 2012 que mostrava belas moças sendo cantadas enquanto passavam pela praia por “homens invisíveis”.
Grupos feministas ficaram revoltados e levantaram protestos através das redes sociais. Essas entidades também enviaram nota de repúdio, pedindo que a publicidade fosse retirada do ar.
Um grupo de alunos conversava no meio do corredor e um estudante explicava como foi sua noite com a professora de ciência. O tom malicioso dava a sensação que houve algo sexual entre ele e a docente.
Apesar dos meninos estarem curiosos, ainda existia uma duvida sobre a veracidade do enredo. De repente, a professora passa entre eles e diz: “a noite a gente continua”. O garoto solta um sorriso malicioso.
A propaganda foi levada ao ar em 1999 e hoje nunca poderia ser exibida.
Na década de 1990, Mariana Ximenes foi garota-propaganda deu ma marca de cosméticos e um dos comerciais era sobre o Dia dos Namorados.
A atriz aparecia experimentando os produtos da empresa e conversava com o vendedor. No fim, ele pergunta se ela dará o presente ao namorado e a garota responde de forma maliciosa: “vou dar sim”.
Nos tempos de hoje, essa propaganda causaria polêmica e grupos feministas possivelmente acusariam a empresa de mostrar a mulher como objeto sexual.
Uma empresa de eletrodoméstico lançou uma peça publicitária em 1991 para mostrar a dificuldade das famílias em fazer trabalhos domésticos sem a qualidade da sua marca.
No vídeo, um marido conta que comprou um freezer para esposa, mas ressaltou que não era da marca preferida da família e isso deixou a mulher incomodada.
Nos tempos de hoje, provavelmente a empresa seria acusada de machismo, pois o homem se apresenta como responsável pela parte financeira da casa, enquanto a mulher cuida apenas da situação doméstica.
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