Publicado em 25/11/2019 às 10:10:15
O neurocirurgião Guilherme Lepski, que viajou à Orlando, Estados Unidos, na última sexta-feira (22) para examinar Gugu Liberato, esteve no Aqui na Band desta segunda-feira (25) para falar sobre o trágico ocorrido.
"Foi uma situação delicada desde o início. Havia muito sigilo envolvendo a questão, a gente como médico tem que ter o maior número de informações possível", explicou Lepski a Silvia Poppovic e Luís Ernesto Lacombe, sobre sua chegada aos Estados Unidos.
O profissional também garantiu: "Ele [Gugu Liberato] não chegou ao hospital morto. Chegou com um quadro neurológico grave. Pelo relato da esposa que prestou o primeiro socorro, ela descreve que teve a distensão de um dos braços. Seguramente, não estava morto. Ao chegar no hospital, mais grave".
Para Guilherme Lepski, o fato de Gugu ter engolido um pouco de sangue pode ter agravado o quadro, e relatou ainda que ele tinha um hematoma no olho direito, em virtude da queda.
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"Chegando no hospital, me identifiquei e fui até onde ele estava situado. O hospital é muito bem equipado, me pediram documentação médica, e pelo que eu pude ver, o atendimento foi impecável. A gente como médico, num país onde não temos licença, não podemos atuar diretamente", explanou ele, sobre os trâmites naturais.
De acordo com Lepski, por não poder atuar nos Estados Unidos, não pode tocar nele. "Eu tinha que comprovar o diagnóstico encefálico. Existem critérios de diagnósticos que podem ser questionados. E fui chamado para ver isso", relatou.
Questionado por Poppovic o momento quando viu Gugu, Lepski relembrou: "Tinha corte, mas era uma coisa mínima, não era uma coisa complexa. Durante a queda, ele supostamente deve ter batido a cabeça numa pilastra e abriu um vão no chão. Tinha uma pilastra no andar de baixo".
"A minha hipótese médica, quando cedeu o sótão, nesse processo de queda, bateu a cabeça numa pilastra. Ele ficou desacordado nesse momento. Por quê? Porque no momento seguinte foi uma colisão direta da cabeça. E deve ter caído sem as defesas naturais que a gente tem", afirmou.
Luís Ernesto Lacombe simplificou que Gugu deve ter batido a cabeça antes de ter dado uma "pancada final" no chão.
A transmissão da morte à família foi outro momento destacado pelo neurocirurgião: "Momento dramático, é o momento humano da nossa profissão. A família ainda tinha dúvida, tinha esperanças. Eles já estavam diante de uma situação dramática, a mãe do Gugu muito serena, muito lúcida, não se mostrou descompensada emocionalmente. Falei que ela seria o pilar da família".
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