Publicado em 16/10/2019 às 06:17:52
O Profissão Repórter levará ao ar seu episódio de número 400 nesta quarta-feira (16), colecionando prêmios ao longo dos anos em que está no ar. A edição desta noite promete mostrar a trajetória da repórter Danielle Zampollo numa tribo indígena que teve direito até a sustos e equipe à deriva.
A jornalista ficou 25 dias no meio da Amazônia e contou com exclusividade ao NaTelinha como foi conviver na maior floresta do mundo ao lado do seu colega de produção, o vídeorepórter Maycon Mota.
Fugir de uma metrópole e ficar alguns dias no campo já é desesperador para quem se acostumou a viver com a tecnologia em todos os cantos. Danielle viajou para a tribo a trabalho e explicou que encontrou algumas dificuldades ao longo das gravações do episódio 400.
“O maior desafio que enfrentamos foi quando, em um dos deslocamentos pelo Vale do Javari, depois de 5h de viagem, o motor do nosso barco quebrou. Havia sete pessoas no barco. Até tentamos fazer ele voltar a funcionar, mas não deu certo. Ficamos algumas horas à deriva no rio. Quando nos resgataram, deu um alívio tremendo. Outro desafio foi ficar 25 dias sem telefone, internet ou contato com qualquer familiar ou outra pessoa fora dali”, relatou.
“Todo mundo, sem exceção, tinha medo de uma coisa: onça. Quando gravava algo no meio da floresta, arregalava bem os olhos, aguçava os ouvidos e seguia em frente com atenção. Felizmente não vimos nenhuma. Lá precisávamos andar sempre muito atentos a tudo. Na hora do banho de rio, os incontáveis jacarés, piranhas e outros peixes que habitam aquelas águas também assustavam um pouco”, acrescentou.
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Quando assistimos produções com índios, os autores costumam mostrar eles cheios de dúvidas e estranhando os “homens brancos”. Danielle contou que os indígenas ficaram surpresos com a chegada da equipe do Profissão Repórter.
“O que mais me impressionou foi o nosso primeiro contato com os isolados. Eles nunca tinham visto jornalistas, ainda mais com câmeras, e a gente também nunca tinha visto indígenas isolados. Tudo ali era novidade, para eles e para nós. O Vale do Javari é a região que concentra o maior número de indígenas isolados do mundo. Nessa área, existem 11 etnias diferentes de povos isolados e outras seis em estudo. Ter tido a chance de participar dessa expedição, conhecer um pouco da história dos Korubos e vivenciar tudo isso de perto foi um grande privilégio que jamais esquecerei”.
O Profissão Repórter é liderado por Caco Barcellos, a mente que faz a produção sair do papel para o ar. Quando questionada sobre a importância do jornalista na carreira dos repórteres, Danielle Zampollo é só elogio ao profissional.
“Toda semana fazemos uma reunião de pauta na redação. Juntos, discutimos novas ideias de programas e todos são convidados a participar. A presença do Caco é fundamental. Tem sempre algo criativo e diferente a acrescentar. Não é fácil convencê-lo. Precisamos apresentar dados, pessoas a serem entrevistadas, caminhos inovadores para que aquela história seja transformada em um bom programa. Na reunião, definimos a história que queremos contar”, comentou.
E, na visão dela, o mais admirável é a dedicação do profissional para que o trabalho seja bem feito. “O Caco trabalha muito. Está sempre viajando em busca de novas histórias, novas reportagens e mesmo assim, nunca nega uma conversa. A pauta sobre os índios isolados surgiu em uma dessas reuniões e o Caco foi um dos grandes incentivadores do projeto”, relatou.
A repórter, por sinal, admite que vem aprendendo todos os dias com as informações que ganha de Barcellos: “Com o Caco, é um ensinamento novo a cada dia. Ele vive dizendo que três coisas são necessárias para uma boa reportagem: persistência, persistência e persistência. E acredito mesmo nisso. Trabalho há seis anos a seu lado e ele continua sendo uma das maiores referências no jornalismo para mim”.
Zampollo sabe da importância em fazer parte da equipe do Profissão Repórter, principalmente para uma jornalista que iniciou sua carreira de repórter há seis anos. “Significa muitíssimo para mim. Iniciei minha carreira de repórter aqui há seis anos e continuo apaixonada pelo que faço. Ainda hoje sinto um frio na barriga sempre que recebo uma pauta nova”, bradou.
Mas ela enxerga além e acredita que o programa acrescenta muito no debate da sociedade. “O Profissão Repórter dá voz às minorias e, acima de tudo, escuta histórias de pessoas. Isso é o que mais me emociona no programa. E, claro, mostrar os bastidores desse trabalho”, falou.
São 400 programas e pode ser difícil escolher uma edição para chamar de melhor. Mas Danielle se arriscou a apontar qual episódio mais lhe agradou.
“Foi o que gravei com o Caco, no México, sobre os migrantes que atravessam o país para tentar chegar aos Estados Unidos. Nessa viagem, percorremos a pé, em média, 20 km por dia. Enfrentamos muitos perrengues juntos. O Caco é incansável. Todos sempre disseram isso na redação, mas foi lá que de fato eu presenciei. Ele não parava de gravar um segundo sequer. Apesar das histórias tristes que encontramos pelo caminho, nos divertimos nessas andanças também”, comentou.
Ela finalizou o bate-papo resumindo como é seu convívio com Caco Barcellos: “Além de tudo, o Caco é um grande parceiro”.
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