Publicado em 28/05/2019 às 05:15:54
Desde a última segunda-feira (27), João Kléber passou a ser a principal arma da RedeTV! para enfrentar o retorno de Silvia Poppovic à Band. A apresentadora, ao lado de Luís Ernesto Lacombe, está à frente da revista eletrônica matutina "Aqui na Band".
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, além de falar sobre a missão de bater o novo programa da concorrência, João Kléber comentou as críticas que Poppovic destinou aos atuais programas que tratam conflitos familiares e comportamentais na televisão - gênero que ela apresentou na Band por seis anos, na década de 90, e que ele atualmente comanda na RedeTV!.
"Cada um faz o que quer. Eu respeito a opinião dela, só que é o seguinte: eu trabalho em televisão desde os 14 anos. Em rádio, eu comecei aos 14 pra 15 na Jovem Pan e tenho 61. Então, faz as contas. Eu nunca fiquei fora do ar. Desde os 14 anos de idade, eu nunca fiquei sem trabalho. Trabalhava na televisão e no teatro. Então, quem tem que julgar o meu trabalho é o telespectador. O meu patrão é o telespectador, o Amilcare, o Marcelo, os donos da empresa que eu trabalho que são meus amigos particulares", rebate João Kléber.
E completa: "’Isso aqui é assim, isso aqui é assado, isso é cópia, isso faz mal feito’, tá bom, cada um fala o que quer. Eu já acho o contrário. Eu já acho que a Silvia é uma excelente jornalista, uma excelente profissional".
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Ao site Noticias da TV na última quinta-feira(26), Silvia Poppovic declarou: "Fui mal copiada. É um formato que fiz durante muitos e muitos anos, e as pessoas em busca de audiência fizeram esse mesmo formato de uma maneira que eu, infelizmente, lamento. Porque era em busca de audiência, não de qualidade. Os debates se transformaram em barracos na TV. Convidados sendo pagos para participar, especialistas que não tinham a mesma credibilidade que os meus tinham e depoimentos forjado".
Ao NaTelinha, João Kléber também comentou sobre ser a nova aposta da RedeTV! para bater o novo programa "Aqui Band", dirigido por Vildomar Batista.
"Eu sou assim, como posso dizer? Se o treinador chegar e falar assim pra mim: ‘Que posição você joga?’, eu falo: ‘que posição você quer que eu jogue? Ponta-esquerda, goleiro, centroavante’... Tem que ser habilidoso, respeitar as pessoas, a produção... Agora claro, ficam preocupados com pontos. A gente tá aqui pra isso mesmo. Temos um contrato com a televisão, temos que respeitar. EU acho que não tenho nenhum tipo de problema pra encarar esse horário, até porque é um horário que eu já fiz", explica o apresentador do "Você na TV".
Eu sou assim, como posso dizer? Se o treinador chegar e falar assim pra mim: "Que posição você joga?", eu falo: "que posição você quer que eu jogue? Ponta-esquerda, goleiro ou centroavante?". Esse horário, eu sempre fiz, desde quando eu voltei de Portugal. Tem que ser habilidoso, respeitar as pessoas, a produção... Agora claro, ficam preocupados com pontos. A gente tá aqui pra isso mesmo. Temos um contrato com a televisão, temos que respeitar. Eu acho que eu não tenho nenhum tipo de problema pra encarar esse horário, até porque é um horário que eu já fiz.
Eu tenho tido comercialmente um dos programas mais vendidos aqui da RedeTV!. Atualmente eu tenho, pra você ter uma ideia, dois breaks de seis minutos cada um, tudo vendido. Então, são 12 minutos de programa, mais 10 merchandising, chegou a ter 12, em 1 hora. Então eu tenho 25 minutos. E consigo dar média de 0,8, 0,9 e 1 ponto. Quer dizer, chega até a ser fenômeno né? Muito dificil. Eu brinco: abria a boca e já fechava, ia pro merchan. Então, graças a Deus a resposta do público é legal.
Eu realmente gosto de fazer programa popular. As pessoas confundem popular com popularesco. Quando eu comecei a fazer programa com o Chacrinha, eu comecei a pegar gosto do popular, de conversar com o povo. Aquele auditório tinha mais de 500 pessoas no Teatro Fênix, eu só tinha 26 anos na época. Vivi aquilo, três horas de gritaria, três horas pulando, os cantores populares, aqueles quadros de humor, aquelas bizarrices... Eu fiquei louco: cara, que linguagem maravilhosa!
Então, eu comecei a perceber que o Brasil é muito grande e eu não tinha essa noção. Eu tava muito focado no negócio de fazer humor pra uma determinada classe. Quando eu faço um programa popular, eu faço uma sátira. Ao mesmo tempo represento o telespectador nas suas situações, no seu cotidiano. O Ratinho é um cara que sabe falar com o povo como ninguém! Ele tem aquela pegada dele, aquela irreverência dele, do popular, bom de humor. Então eu acho que eu tive uma vantagem, que foi maravilhosa, que foi poder trabalhar com grandes diretores de televisão: Daniel Filho, Carlos Manga, Augusto Cesar Vanucci e o próprio Boni. É uma experiência que você vai adquirindo e que você vai amadurecendo.
Olha, primeiro que eu respeito a Silvia. Acho uma jornalista brilhante. Todas as vezes que a encontrei me tratou com muito respeito, muito carinho e tenho uma admiração enorme pelo trabalho dela. Tenho uma admiração pelo diretor dela, o Vildomar (Batista). Eu respeito qualquer concorrência, mas eu sou obrigado a fazer o meu melhor, e nem sempre o meu melhor funciona. Mas pode ser que funcione. Pode ser que a gente vá bem. Eu também torço para que o concorrente vá bem. Porque quanto mais programas fizerem sucesso, mais pessoas vão estar empregadas.
Inclusive quando eu vi as notícia de que o programa da Silvia (Poppovic) não conseguia estrear porque não tinha patrocínio, não sei se é verdade, era o que eu lia, eu falava: "poxa vida, eu tô torcendo para que venda, para que tenha condições". Porque é mais mercado de trabalho. Mercado de trabalho pra Silvia que tá fora do ar há bastante tempo, mercado de trabalho para os profissionais que estão lá, um diretor competente como é o Vildomar, entendeu? Gera mercado até pra mim, porque quanto mais concorrência tiver, melhor. Porque se você fica sozinho, você não tem estímulo, né? Qual é a graça de você jogar num time futebol onde você tem 11 adultos contra 11 adolescentes de 10 anos? Você vai meter 30 a 0. Competir com pessoas, como é o caso dela, é um privilégio.
Cada um faz o que quer. Eu respeito a opinião dela, só que é o seguinte: eu trabalho em televisão desde os 14 anos. Em rádio, eu comecei aos 14 pra 15 na Jovem Pan e tô... Tenho 61, então faz as contas... Eu nunca fiquei fora do ar. Desde os 14 anos de idade, eu nunca fiquei sem trabalho. Trabalhava na televisão, no teatro... Então, quem tem que julgar o meu trabalho é o telespectador. O meu patrão é o telespectador, o Amilcare, o Marcelo, os donos da empresa que eu trabalho que são meus amigos particulares. "Isso aqui é assim, isso aqui é assado, isso é cópia, isso faz mal feito", tá bom, cada um fala o que quer. Eu já acho o contrário. Eu já acho que a Silvia é uma excelente jornalista, uma excelente profissional".
Não, não tem não. Não tem estratégia. Você não pode mudar o programa do dia pra noite, daquilo que as pessoas são acostumadas a ver, por causa da concorrência. Se fosse assim ia ser uma loucura, né? E outra: nós não precisamos provar, as pessoas que têm que provar. Quando eu digo que a gente não tem que provar, eu digo entre aspas. A gente tem que tá sempre provando. Eu sou um cara extremamente inquieto, eu sou um cara extremamente perfeccionista, quem me conhece na intimidade quando eu tô trabalhando sabe como eu sou. Eu sou uma pessoa muito exigente nas coisas. Mas a gente sempre tenta fazer o melhor, mas nem sempre dá, mas é obrigação fazer. Agora, é um programa simples, um programa popular mas simples, com uma estrutura normal.
Ter um talk show. Não igual do Danilo ou da Tatá Werneck. Mas um talk show popular, um talk show diferente, que saia do convencional e bem irreverente. Talvez um novo passo meu. Um novo desafio.
Eu sou grato a Deus por ter me dado a oportunidade de falar pra tanta gente. A gente sempre tá na mão de Deus. Eu sou uma pessoa de muita fé. É aquilo que eu digo: se não der pra fazer o bem, o mal eu não faço nunca. Então por isso que eu desejo sempre o bem pras pessoas. Porque uma coisa é você ser exigente no seu trabalho, outra coisa é você desejar bem ou mal. Então eu quero mais é que as pessoas se deem bem na vida, porque quanto mais as pessoas se derem bem na vida, menos problemas o nosso país vai ter.
Colaborou: Laís Lubrani
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