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Em crise, Band pode trocar presidente no mês de março

Johnny Saad pode deixar o comando da Band
Por Sandro Nascimento

Publicado em 08/01/2019 às 06:00:16

Um desentendimento familiar, impulsionado pela insatisfação dos resultados de audiência e financeiros atingidos pela Band em 2018, pode provocar uma mudança na presidência do grupo neste ano.

O NaTelinha apurou que está previsto, inicialmente para março, uma assembleia sigilosa entre os herdeiros do canal para decidir se o atual presidente Johnny Saad continuaria no cargo.  

O jornalista e empresário assumiu a presidência da Band.em 1999, com a morte do seu pai e fundador da emissora, João Saad.

Uma fonte do mercado publicitário ouvida pelo site explicou que caso a saída de Johnny Saad se concretize, são altas as chances do seu irmão, o empresário Ricardo Saad, ocupe o cargo de presidente do grupo, e de acordo com a expectativa gerada por essa mudança, que ele coloque em voga seu know how de empreendedor. Ricardo é presidente da uma bem sucedida empresa de call center em São Paulo.

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Não seria a primeira vez que se cogita trocar a presidência do Grupo Bandeirantes. Há alguns anos, Ricardo Saad se negou a assumir o cargo para se dedicar a sua empresa e Johnny permaneceu na cadeira.

Atualmente, as ações da Band estão divididas em cinco partes iguais entre os irmãos Maria Saad, Márica Saad, Marisa Saad e Ricardo Saad, além de Johnny Saad.

Dentre outros motivos, existiria decepções na família e em torno de algumas decisões na gestão do atual presidente, principalmente referente às estratégias de investimento definidas para a grade de programação que decepcionou no ano passado.

Procurada, a assessoria da Band informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Demissões e baixo Ibope em 2018

Em março do ano passado, a Band lançou sua nova programação e tirou da concorrência Cátia Fonseca e Amaury Jr.

Foram os carros-chefes desta nova grade os programas "Superpoderosas", "Agora é Domingo", "Show do Esporte", "Melhor da Tarde" e "Programa Amaury Jr". Porém, no decorrer de 2018, nenhum das novas atrações atingiram sua metas de audiência.

Sete meses após seu lançamento, o programa idealizado por Ana Paula Padrão, o "Superpoderosas", foi cancelado, e na última semana, a atração de auditório de José Luiz Datena, o "Agora é Domingo", também foi limado.

Além disso, no horário nobre, com exceção das terças-feiras, quando a Band exibe o reality gastronômico "MasterChef", a emissora perde todas as noites para a RedeTV!.

O NaTelinha apurou que o "Show do Esporte" também não voltaria em janeiro, após o período de férias de fim de ano, com isso, dando espaço para a volta do "Terceiro Tempo" com Milton Neves.

Não é só no Ibope que a emissora passa por um crise, mas também nos seus bastidores. No último ano, a emissora demitiu em torno de 500 profissionais como parte de um processo de corte.

No início de 2019, a Band perdeu um importante patrocinador para o SBT, como consequência, seu programa matutino "Sempre Bem" migrou para o concorrente.

Outra fonte de renda, a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, e a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, também não renovaram seus contratos de aluguel de horário.

O início da TV Bandeirantes

O Grupo Bandeirantes começou com uma emissora de rádio em 1937, fundada pelo ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros. Mais tarde, o político passou o controle do veículo para sua filha Maria Helena Saad e o genro, João Saad.

Com outras empresas repassadas aos outros filhos de Ademar, coube a João Saad a virtude de transformar a Rádio Bandeirantes numa das maiores do Brasil e criar a TV Bandeirantes em 1967, hoje chamada apenas de Band.

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