Publicado em 09/08/2024 às 21:05:00
Amanda Alves Ferreira, uma cidadã brasileira condenada à prisão perpétua em 2023 pelo assassinato de Eduarda Santos de Almeida, fugiu do presídio de Bariloche na noite da última terça-feira (6). O caso tem atraído a atenção das autoridades argentinas e internacionais, gerando uma caçada para recapturar a fugitiva.
A fuga ocorreu por volta das 21h30, quando Ferreira, detida em uma cela do presídio localizado na província de Río Negro, conseguiu escapar utilizando uma série de artifícios engenhosos. Conforme relatado pelo jornal Río Negro, a detenta criou a ilusão de estar dormindo ao deixar itens cobertos por uma manta em sua cama. Aproveitando-se da distração dos guardas, ela escapou da cela, subiu ao telhado e pulou a cerca de arame que circunda o complexo prisional.
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Apesar de um funcionário da unidade ter avistado uma figura vestida com roupas escuras movendo-se pelo telhado, a advertência não foi suficiente para deter a fuga de Alves Ferreira. Em poucos segundos, ela escalou a cerca e desapareceu na noite. A penitenciária, situada em uma área residencial, foi rapidamente cercada por um grupo especial do serviço penitenciário, mas a operação de busca não obteve sucesso imediato.
As autoridades locais continuam a investigar as circunstâncias da fuga, enquanto a busca por Amanda Alves Ferreira se intensifica. O caso tem sido amplamente coberto pela mídia argentina e brasileira, devido à complexidade e aos detalhes dramáticos envolvidos.
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A história de Alves Ferreira ganhou notoriedade em 2023, quando foi condenada à prisão perpétua pelo homicídio de Eduarda Santos de Almeida. O crime, ocorrido em fevereiro de 2022, chocou a comunidade local. A vítima, mãe de dois filhos de Alves Ferreira, foi encontrada morta em uma trilha na turística região de Circuito Chico, em Bariloche, com hematomas e marcas de tiros.
No momento do crime, Alves Ferreira ainda se identificava como homem e era conhecida como Fernando. Após o início do processo judicial, ela passou por uma transição de gênero, adotando o nome Amanda. A defesa conseguiu que ela fosse tratada por seu nome atual nos documentos oficiais emitidos pelo Serviço Penitenciário.
Durante o julgamento, Amanda Alves Ferreira confessou o homicídio, alegando dificuldades econômicas e psicológicas, além de ter mencionado a morte recente de seu marido, Marcelo. Em seu depoimento, declarou: "Gostaria de receber apoio psicológico e me declaro culpado pela morte de Eduarda Santos. Sou responsável. Não planejei, mas senti que minha vida estava em risco. Peço desculpas, mas minha sobrevivência foi a prioridade."
Embora a defesa tenha contestado a constitucionalidade da prisão perpétua, alegando que Ferreira sofria de "ideias paranoicas" no momento do crime, o Ministério Público argentino defendeu a sentença. Argumentou que a pena permite acesso à liberdade condicional, não sendo, portanto, vitalícia.
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