Publicado em 06/05/2019 às 06:30:39
A segunda temporada da animação "She-Ra e as Princesas do Poder", que estreou no dia 26 de abril na Netflix, trouxe no quarto episódio passagens cheias de referências a versão original que se tornou famosa no Brasil na década de 80 e 90 no infantil "Xou da Xuxa", da Globo, que deve agradar aos saudosistas da série.
O episódio "Como defender um reino", escrita por Josie Campbell, inicia com as princesas reunidas em torno de um tabuleiro traçando estratégias de guerra pra derrotar os soldados da Horda e defender Etéria.
Neste momento, Arqueiro começa a imaginar seu plano e as referências de She-Ra da época da Xuxa surgem no reboot produzido pela DreamWorks.
A famosa trilha sonora do desenho, que ficou de fora da nova versão, é resgatada, ao mesmo tempo que todos os personagens, inclusive She-Ra, aparecem vestidos com seus uniformes dos anos 80 e 90 e começam a enfrentar a vilã Felina.
A homenagem ao antigo desenho tem direito a volta dos bigodes do Arqueiro, o decote sexy de She-Ra e transformação de Felina em pantera. Esse poder da vilã foi excluído no novo desenho.
"Espera. Ela (Felina) pode fazer isso?", pergunta Gélida, durante a estratégia de Arqueiro. Até a dublagem brasileira realizada pela Netflix busca acentuar o sotaque de Felina da época da Xuxa.
Ao fim do episódio, durante os créditos, os produtores de "She-Ra e as Princesas do Poder" substituíram a trilha sonora deste versão da Netflix e resgataram o tema musical que encerrava a icônica animação dos anos 80 e 90.
A nova She-Ra estreou na Netflix em novembro do ano passado com assinatura da premiada cartunista Noelle Stevenson. Porém, a aparência da heroína foi alvo de críticas devido a seus traços mais retos e longe da sexualidade que o personagem exibia em 1985, quando foi lançada derivada da história de "He-Man".
Outra polêmica que envolveu o novo seriado foi tratar da temática LGBTQ+. No reboot, Arqueiro é criado por pais gays e outros personagem desenvolvem sentimentos por outros do mesmo sexo.
"Se (a representação LGBTQ +) for tratada apenas como conteúdo adulto, como algo nocivo, as crianças só crescerão com muita vergonha. Portanto, a ideia de podemos modelar, de forma sutil, esses relacionamentos sadios entre os personagens que estão descobrindo a si mesmos. Isso mostra às crianças que há esperança para o futuro e você pode escolher quem você quer ser. Eu levo isso muito a sério e como uma responsabilidade minha com as histórias que conto", disse Noelle Stevenson em entrevista ao site americano Decider.
Na primeira temporada, "She-Ra e as Princesas do Poder" contou com 13 episódios. Na nova safra da animação que estreou em abril na Netflix, foram produzidos mais seis capítulos, com duração média de 24 minutos cada um.
Embora tenha terminado com vários ganchos, a terceira temporada ainda não foi confirmada pela plataforma de streaming.
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