Publicado em 01/06/2023 às 20:50:00
Jair Bolsonaro (PL) já escolheu sua estratégia para enfrentar o julgamento de seu processo de inegibilidade no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O ex-presidente pediu ajuda do ministro Nunes Marques, indicado por ele ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ganhar mais tempo e postergar uma decisão.
Segundo apurou o NaTelinha, Bolsonaro já sabe que seu julgamento na Corte eleitoral acontece no próximo dia 13 e que não há espaço para dúvidas: se for julgado, ficará inelegível por pelo menos 8 anos. Por conta disso é que ele conta com dois pedidos feitos a Nunes Marques para tentar mudar o cenário. Ambos são complexos, mas que contaram com a boa vontade do ministro.
Uma fonte ouvida pela reportagem confirmou que o ex-presidente tem duas missões para Kássio. O primeiro é tentar pedir vistas ao processo, o que significaria parar o julgamento enquanto analisa o mérito do processo. Embora o mecanismo não seja mais como em outros tempos e dá apenas 90 dias de pausa, seria suficiente para que o ex-presidente colocasse em voga o plano B.
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A segunda parte do plano é que o próprio Nunes Marques aproveitasse o tempo para dialogar com os colegas do Tribunal para tentar reverter o cenário praticamente unânime para tornar Bolsonaro inelegível. Mesmo que sofra uma derrota, aliados do político interpretam que se ele conseguir dois ou três votos na Corte Eleitoral, ele pode ter argumentos sólidos para derrubar a decisão no STF.
Apenas os mais próximos de Bolsonaro é que acreditam nisso. Muitos duvidam até que Nunes Marques teria condições de pedir vistas de um processo logo no início de sua jornada no TSE - a maioria sequer sabe se legalmente é possível. Além disso, a classe política defende que o ministro não conseguiria convencer colegas de votar contra a inegibilidade porque ninguém quer se indispor com Alexandre de Moraes neste momento.
Por fim, parece certo que no STF a derrota de Bolsonaro deve ser ainda mais acachapante. No fim do dia, a verdade dita em Brasília é que o ex-presidente nunca mais poderá disputar uma eleição na vida e que a decisão já está tomada e falta apenas a burocracia das votações nas Cortes sacramentarem o fim da vida pública de Jair Bolsonaro.
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